Ciência

Pesquisadores convertem ar poluído em energia limpa

Processo responde a duas grandes necessidades de nosso tempo: ar puro e produção de energia alternativa

 (UAntwerpen e KU Leuven/Divulgação)

(UAntwerpen e KU Leuven/Divulgação)

Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 16 de maio de 2017 às 11h53.

São Paulo - Todos os anos, o ar poluído mata mais de cinco milhões de pessoas no mundo, quase a população da Dinamarca inteira. Em um esforço para combater os efeitos adversos da poluição, pesquisadores belgas desenvolveram um processo capaz de purificar o ar e, de quebra, gerar energia limpa, atacando assim dois grandes desafios ambientais ao mesmo tempo.

Trata-se de um pequeno dispositivo que, na presença de luz solar, consegue converter os compostos de ar poluído em gás hidrogênio, uma fonte de energia promissora. Ele é composto por duas câmaras separadas por uma membrana de nanomateriais específicos responsáveis por toda a "mágica": uma câmara limpa o ar e a outra gera o gás hidrogênio.

Esses materiais foram usados ​​no passado principalmente para extrair hidrogênio da água, mas os pesquisadores descobriram que o processo também era possível - e ainda mais eficiente - com ar poluído.

"O gás hidrogênio pode ser armazenado e usado mais tarde como combustível, como já está sendo feito em alguns ônibus", explica o professor Sammy Verbruggen, principal autor do estudo.

Atualmente, os pesquisadores estão trabalhando em uma escala de apenas alguns centímetros quadrados. "Numa fase posterior, gostaríamos de ampliar nossa tecnologia para tornar o processo aplicável industrialmente", diz Verbruggen.

Eles também estão dedicados à melhoria dos materiais para que possam usar luz solar de forma mais eficiente para desencadear as reações. o estudo foi publicado na revista científica ChemSusChem.

Acompanhe tudo sobre:Meio ambientePoluiçãoTecnologias limpas

Mais de Ciência

Medicamento parecido com Ozempic reduz sintomas de abstinência de cocaína, revela estudo

Arqueólogos descobrem primeira tumba de faraó em mais 100 anos

Brasil avança no uso de germoplasma e fortalece melhoramento genético

Este é o cão com a mordida mais forte do mundo – e não é o pitbull