Ciência

Pesquisadores chineses desenvolvem nanopartículas capazes de detectar e tratar câncer

A terapia desenvolvida pela equipe mostrou que o tumor diminuiu 82% após um único tratamento e foi removido após o segundo

 (Reprodução/Thinkstock)

(Reprodução/Thinkstock)

China2Brazil
China2Brazil

Agência

Publicado em 9 de maio de 2023 às 15h50.

Última atualização em 9 de maio de 2023 às 15h55.

A Academia de Inovação para Ciência e Tecnologia de Medição de Precisão (IAPMST, na sigla inglesa) da Academia Chinesa de Ciências afirmou em um comunicado recente que desenvolveu uma nanopartícula capaz de detectar e tratar o câncer com precisão, reduzindo os efeitos colaterais do uso excessivo de medicamentos.

Segundo a academia, a superdosagem de medicamentos é a principal causa dos efeitos colaterais na detecção e tratamento do câncer, uma vez que os medicamentos existentes não conseguem atingir as células cancerígenas de maneira precisa e o tempo em que o medicamento permanece no corpo é curto, tornando necessário uma alta dose para obter os resultados esperados.

A pesquisa

Uma equipe de pesquisadores da IAPMST desenvolveu “nanotransformadores à base de pontos quânticos de grafeno” (GQD NT), uma nanopartícula que pode identificar inteligentemente tumores, aproveitando as diferenças entre os microambientes dos tumores e dos tecidos normais, afirmou a IAPMST.

A nanopartícula se deforma continuamente, prolongando o tempo de permanência dos medicamentos e pode penetrar melhor nos tumores, realizando a detecção e tratamento de imagem de ressonância magnética de longo prazo com uma dose menor de medicamento.

A terapia desenvolvida pela equipe mostrou que o tumor diminuiu 82% após um único tratamento e foi removido após o segundo, de acordo com a academia. A dose de fotossensibilizador, um medicamento usado na terapia, foi 10 a 30 vezes menor.

O estudo foi publicado na revista "Advanced Materials" em abril.


Tradução: Mei Zhen Li
Fonte: China News

Acompanhe tudo sobre:CâncerPesquisas científicasChina

Mais de Ciência

Cientistas criam "espaguete" 200 vezes mais fino que um fio de cabelo humano

Cientistas conseguem reverter problemas de visão usando células-tronco pela primeira vez

Meteorito sugere que existia água em Marte há 742 milhões de anos

Como esta cientista curou o próprio câncer de mama — e por que isso não deve ser repetido