Ciência

Pesquisa desmente principal crença sobre Hitler

Estudo indica que Adolf Hitler morreu ao fim da Segunda Guerra–e não fugiu para a Argentina

Adolf Hitler: Serão leiloados aquarelas, desenhos e pinturas, com temas das cidades de Viena e Nuremberg (Wikimedia Commons/Mihailo1997/Reprodução)

Adolf Hitler: Serão leiloados aquarelas, desenhos e pinturas, com temas das cidades de Viena e Nuremberg (Wikimedia Commons/Mihailo1997/Reprodução)

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 29 de maio de 2018 às 05h55.

Última atualização em 29 de maio de 2018 às 05h55.

São Paulo – Um dos principais mitos a cerca de Adolf Hitler, o ditador da Alemanha, é o de que ele teria fugido para a Argentina e vivido por 17 anos depois do fim da Segunda Guerra Mundial. Agora, um estudo feito por patologistas franceses indica que Hitler morreu em 1945. O trabalho foi publicado no European Journal of Internal Medicine.

Os pesquisadores concluíram que os fragmentos de crânio, que estavam sob posse de autoridades russas e foram fornecidos para a análise, realmente pertenciam ao ditador.

"Nosso estudo mostra que Hitler morreu em 1945", afirmou o patologista Philippe Charlier à AFP. "Os dentes são autênticos–não há dúvida quanto a isso."

Os dados da pesquisa mostram que Hitler teria morrido no final de abril de 1945, após ter sido derrotado e estar escondido em um abrigo em Berlim. Ele tomou cianureto, um dos venenos mais fortes do mundo, e deu um tiro na própria cabeça

Não foram encontrados vestígios de carne na arcada dentária de Hitler, que era vegetariano. A pesquisa também indica que ele tinha apenas quatro dentes originais e que os postiços continham manchas azuis, que podem ter sido feitas pelo cianureto.

Fragmentos do lado esquerdo do crânio do ditador também foram analisados e continham um buraco, que possivelmente foi causado por uma bala. Vestígios de pólvora não foram encontrados pelos pesquisadores na boca do ditador, o que indica que ele apontou a arma para a testa ou pescoço.

A morte de Hitler em Berlim, em 30 de abril de 1945, junto de Eva Braun, também foi confirmada por Rochus Misch, guarda-costas e mensageiro do ditador. Ele morreu em setembro de 2013, mas deu entrevistas contando sobre o ocorrido. Hitler teria dispensado sua equipe em 22 de abril, dado o contexto de perda iminente da guerra. Misch, porém, ficou ao seu lado até o final.

Hitler "estava com a cabeça sobre a mesa, enquanto Eva estava com a cabeça inclinada. Já não me lembro bem, estava sentado no sofá ou em uma poltrona ao lado? Mas sigo vendo Eva, com os joelhos encolhidos até o peito", de acordo com Misch, em declaração para a revista alemã P.M. History.

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