Ossos: novo material não tem grau de toxicidade com novo biomaterial (Miguel Sotomayor/Getty Images)
Victor Sena
Publicado em 20 de dezembro de 2019 às 09h39.
Última atualização em 20 de dezembro de 2019 às 09h41.
São Paulo — Pesquisa realizada na Faculdade de Ciências Aplicadas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), pelos laboratórios de Ciência e Tecnologia de Polímeros e de Biotecnologia, conseguiu produzir e avaliar o grau de toxicidade de um novo biomaterial que apresentou resultados promissores para futuras aplicações na regeneração de tecidos ósseos.
Com apoio da FAPESP e do Fundo de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão da Unicamp, o estudo foi publicado no artigo Polyurethane fibrous membranes tailored by rotary jet spinning for tissue engineering applications da revista Journal of Applied Polymer Science.
O biomaterial desenvolvido é uma nova membrana de poliuretano produzida por rotofiação, técnica que produz as fibras por meio da aplicação da força centrífuga. A nova membrana não apresentou nível tóxico em contato com osteoblastos in vitro, ou seja, tem boa interação com células envolvidas na formação dos ossos do corpo humano.
A membrana é um tipo de rede muito fina, estruturada para permanecer temporariamente no corpo. O biomaterial dá suporte para o crescimento de novas células até a completa regeneração do tecido e vai se degradando ao longo do processo, até desaparecer completamente.
O projeto de pesquisa foi coordenado pelos professores Laís Pellizzer Gabriel e Augusto Ducati Luchessi, da Unicamp, e teve participação das orientandas, a mestranda Isabella Rodrigues e a doutoranda Letícia Tamborlin.
Eles realizaram tanto as análises das propriedades morfológicas, térmicas e físico-químicas da nova membrana, quanto aquelas que determinaram o comportamento das células em contato com o biomaterial.