Ciência

Pequenos robôs mexicanos vão explorar a Lua em missão inédita

A missão está pronta para ser lançada em um foguete Vulcan da United Launch Alliance e seria a primeira espaçonave americana a pousar na Lua em quase 50 anos

 (Matt Aust | star-trails.de/Getty Images)

(Matt Aust | star-trails.de/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 25 de fevereiro de 2022 às 16h46.

Última atualização em 25 de fevereiro de 2022 às 16h55.

Cinco pequenos robôs projetados e fabricados no México vão decolar para a Lua no final deste ano, parte de uma missão científica inédita na qual os robôs de duas rodas correrão pela superfície lunar enquanto fazem medições sofisticadas.

Os chamados nanorrobôs desenvolvidos por pesquisadores da Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM) trabalharão juntos como um enxame de abelhas, disse o cientista à Reuters, assim que fizerem a viagem de quase 386 mil quilômetros da Terra a bordo de um foguete de empresa americana Astrobotic.

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A missão está pronta para ser lançada em um foguete Vulcan da United Launch Alliance e seria a primeira espaçonave americana a pousar na Lua em quase 50 anos.

"Esta é uma pequena missão onde testaremos o conceito e depois realizaremos outras missões, primeiro à Lua e depois aos asteroides", disse Gustavo Medina Tanco, cientista da UNAM que lidera o projeto Colmena ("colmeia" em espanhol).

Medina Tanco explicou que os robôs são feitos de aço inoxidável, ligas de titânio e alumínio espacial, e estão equipados para coletar minerais lunares que podem ser úteis na futura mineração espacial.

Os bots estão programados para serem lançados em junho no módulo de pouso Peregrine da Astrobotic, originalmente desenvolvido para o Lunar-X-Prize do Google.

Na missão de um mês, os nano robôs farão medições da temperatura do plasma lunar, medições eletromagnéticas e do tamanho das partículas de regolito, de acordo com um artigo da UNAM sobre o projeto publicado no início deste mês.

"Podemos fazer a diferença na tecnologia e na cooperação internacional que pode levar a importantes joint ventures para estudar os minerais ou realizar outras explorações científicas", disse Tanco.

 

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