Ciência

Pequeno estudo indica robusta imunidade ao novo coronavírus

A pesquisa foi feita com uma amostra pequena de pacientes e traz uma boa notícia para o desenvolvimento de vacinas contra a covid-19

Coronavírus: autoridades sanitárias dos Estados Unidos recomendam uso de máscaras desde o começo de abril (Suwinai Sukanant / EyeEm/Getty Images)

Coronavírus: autoridades sanitárias dos Estados Unidos recomendam uso de máscaras desde o começo de abril (Suwinai Sukanant / EyeEm/Getty Images)

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 1 de junho de 2020 às 12h33.

Última atualização em 1 de junho de 2020 às 12h37.

Um estudo, feito por pesquisadores americanos com uma amostra restrita de pacientes, indica que o novo coronavírus gera resposta imune robusta em pessoas que tiveram a covid-19.

O estudo envolveu 20 pessoas que se recuperaram da infecção do vírus e visou analisar o funcionamento do sistema imunológico contra o novo coronavírus.

Ao entender melhor a resposta imune, pesquisadores podem ter evidências para o desenvolvimento de uma vacina eficaz e segura contra o vírus.

No mundo, mais de 100 projetos de vacina estão em fase de testes, segundo a Organização Mundial da Saúde.

Foram selecionados pacientes com quadros normais de covid-19, ou seja, aqueles que não precisaram de hospitalização. Desse modo, acreditam os cientistas, foi possível analisar como, em média, o organismo reage à doença, que pode ter sintomas graves ou até atípicos em alguns pacientes.

Restaurante estados unidos máscara

Coronavírus: autoridades sanitárias dos Estados Unidos recomendam uso de máscaras desde o começo de abril (Suwinai Sukanant / EyeEm/Getty Images)

Para os pesquisadores que fizeram o novo estudo, os achados são animadores para a criação de uma vacina contra a covid-19.

“Se tivéssemos apenas uma resposta imune marginal, deveríamos nos preocupar, mas vemos uma resposta robusta das células T contra a espícula de proteína, que é o alvo dos esforços [da pesquisa] contra a covid-10, assim como outras proteínas virais”, afirmou, em nota, Allesandro Sette, professor  do Centro de Pesquisa de Vacinas e Doenças Infecciosas e um dos principais autores do estudo, que foi publicado no periódico científico Cell.

O projeto de vacina com estimativa mais otimista é o da Universidade de Oxford, no Reino Unido, com prazo para setembro. No entato, especialistas internacionais preveem uma distribuição em massa de vacinas contra a covid-19 apenas em 2021.

As últimas notícias da pandemia do novo coronavírus

Acompanhe tudo sobre:CoronavírusDoenças

Mais de Ciência

Mudanças climáticas podem trazer efeitos catastróficos para a Antártica, alertam cientistas

Nasa pode ter matado seres vivos em Marte durante missão espacial, diz cientista

Cientistas descobrem que humanos na era do gelo usavam material inusitado para fabricar agulhas

Medicamento usado para tratamento de esquizofrenia pode revolucionar tratamento do Alzheimer