Ciência

Pedido feito cara a cara é 34 vezes mais eficaz que via e-mails

Pesquisa mostra que a comunicação pessoal é mais eficiente que a comunicação via mensagens de texto

Cara a cara: pedidos feitos em pessoa são mais eficientes que pedidos feitos via e-mail (Rawpixel Ltd/Thinkstock)

Cara a cara: pedidos feitos em pessoa são mais eficientes que pedidos feitos via e-mail (Rawpixel Ltd/Thinkstock)

Guilherme Dearo

Guilherme Dearo

Publicado em 13 de maio de 2017 às 16h47.

Última atualização em 13 de maio de 2017 às 16h51.

São Paulo - Se você tem um pedido importante a fazer ao seu colega de trabalho, não pense duas vezes: esqueça o e-mail e faça o pedido pessoalmente.

Uma pesquisa descobriu que pedidos feitos cara a cara são 34 vezes mais eficientes que pedidos enviados por mensagem eletrônica.

A conclusão é de um novo estudo feito pelos pesquisadores Mahdi Roghanizad, da Western University, e Vanessa K. Bohns, da ILR School, departamento da Cornell University.

"Ask in person: You're less persuasive than you think over email" foi publicado em março no Journal of Experimental Social Psychology.

Seja um pedido de trabalho ou a um amigo, seja você trabalhando para uma ONG atrás de doações: pedir pessoalmente será mais eficiente.

Geralmente, as pessoas subestimam seu poder de persuasão pessoal e superestimam seu poder em comunicação via texto.

Pesquisa

No estudo, 45 pessoas pediram a 450 estranhos (10 estranhos cada) para que eles completassem uma breve pesquisa. O roteiro era igual para ambos os grupos, como modo de perguntar e escolha das palavras.

Mas metade fez o pedido via e-mail, enquanto a outra metade fez o pedido cara a cara.

A conclusão: as pessoas tendem a concordar mais com o pedido quando ele era feito em pessoa. Há mais confiança e legitimidade nos pedidos pessoais. E fica mais difícil dizer não ou ignorar o interlocutor.

Outro detalhe curioso: os participantes, antes de fazerem o pedido, deveriam falar quais eram suas expectativas.

No grupo que fez o pedido por e-mail, 5,5 entre 10 responderam que o resultado seria positivo. Apenas 5 entre 10 responderam o mesmo no outro grupo.

Em outras palavras, as pessoas tendem a acreditar que os dois modos de comunicação são igualmente eficientes. O que prova-se equivocado.

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