Ciência

Para OMS, pandemia do novo coronavírus se estabilizou no Brasil

Brasil é, depois dos Estados Unidos, o segundo país do mundo com o maior número de mortos e diagnosticados positivos com o novo coronavírus

Pessoas de máscara em São Paulo: mais de 112.000 pessoas morreram de COVID-19 no Brasil, onde foram detectados mais de 3,5 milhões de contágios (Amanda Perobelli/Reuters)

Pessoas de máscara em São Paulo: mais de 112.000 pessoas morreram de COVID-19 no Brasil, onde foram detectados mais de 3,5 milhões de contágios (Amanda Perobelli/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de agosto de 2020 às 17h32.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) avaliou nesta sexta-feira (21) que a situação da COVID-19 se estabilizou no Brasil e considerou que seria "um sucesso para o mundo" que o país, o mais afetado pela pandemia na América Latina, freasse a rápida transmissão do vírus.

O diretor de emergências da OMS, Michael Ryan, afirmou durante coletiva de imprensa por videoconferência que houve "um claro declínio em várias partes do Brasil" dos casos da doença.

O Brasil é, depois dos Estados Unidos, o segundo país do mundo com o maior número de mortos e diagnosticados positivos com o novo coronavírus.

"A aceleração dos casos se estabilizou, mas continua havendo um número muito elevado de casos e alto demais de mortos", afirmou Ryan a respeito do país, onde na última semana foram registrados 6.900 óbitos e 290.000 casos de COVID-19.

No total, mais de 112.000 pessoas morreram de COVID-19 no Brasil, onde foram detectados mais de 3,5 milhões de contágios.

"Estamos em um momento de dificuldade no Brasil, onde parece que as coisas estão sendo mais bem feitas", disse o dirigente da OMS, expressando seu "reconhecimento aos trabalhadores sanitários e comunidades que no Brasil estão adotando as ações necessárias para estabilizar a situação".

Ryan reconheceu, no entanto, que "a questão agora é: se trata apenas de um respiro ou esta tendência de baixa poderá ser mantida?".

A América Latina abriga a nona parte da população mundial, mas no subcontinente foram detectados 40% dos casos de COVID-19 nos últimos meses.

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