Ciência

Paciente recebe implante de orelha impressa à base de células humanas

Com impressora 3D, procedimento pode ajudar as pessoas que sofrem de uma rara malformação ao nascer

Comparação entre imagens da orelha de uma paciente antes e depois da reconstrução (AFP/AFP)

Comparação entre imagens da orelha de uma paciente antes e depois da reconstrução (AFP/AFP)

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AFP

Publicado em 2 de junho de 2022 às 17h22.

Última atualização em 2 de junho de 2022 às 17h28.

Uma equipe médica americana anunciou nesta quinta-feira, 2, ter implantado pela primeira vez uma orelha humana criada com base em células da paciente com uma impressora 3D, um procedimento que pode ajudar as pessoas que sofrem de uma rara malformação ao nascer.

A operação foi realizada no âmbito de um ensaio clínico que inclui 11 pacientes na Califórnia e Texas destinado a avaliar a segurança e eficácia desse tipo de implante para aqueles afetados pela microtia, condição em que o ouvido externo não se desenvolve corretamente.

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AuriNovo, o nome do implante, foi desenvolvido pela empresa 3DBio Therapeutics, e a cirurgia foi realizada por Arturo Bonilla, fundador de um instituto especializado no tratamento dessa malformação, em San Antonio, Texas.

“Como médico que tratou milhares de crianças afetadas pela microtia em todo o país e o mundo, me empolga essa tecnologia e o que ela poderia significar para os pacientes e suas famílias”, declarou o cirurgião, citado em uma comunicado da empresa.

O procedimento é realizado com células da cartilagem da orelha do próprio indivíduo. Elas então são cultivadas para obter uma quantidade suficiente e mescladas com um hidrogel de colágeno. Essa mistura é usada para imprimir o implante.

Bonilla espera que este implante possa algum dia substituir os tratamentos existentes, que envolvem a extração de cartilagem das costelas ou o uso de uma substância chamada polietileno poroso.

Cerca de 1,5 mil bebês sofrem a cada ano de microtia nos Estados Unidos, segundo a empresa. Se não apresentarem problemas de saúde, essas crianças podem viver normalmente, mas alguns não lidam bem com os olhares das pessoas.

(AFP)

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