Enfermeira segura caixa com doses da vacina da Sinopharm contra Covid-19 em centro de vacinação em Pequim (Thomas Peter/Reuters)
Thiago Lavado
Publicado em 7 de maio de 2021 às 13h29.
Última atualização em 7 de maio de 2021 às 14h15.
A Organização Mundial da Saúde aprovou nesta sexta-feira, 7, a vacina contra a covid-19 fabricada pela estatal chinesa Sinopharm. É o primeiro imunizante desenvolvido na China aprovado pelo órgão internacional.
Com a recente decisão, a OMS recomenda que a vacina seja usada imediatamente, de maneira emergencial.
"A aprovação amplia a lista de vacinas que o Covax pode adquirir e aumenta a confiança de países para que eles possam acelerar as decisões de suas agências regulatórias, importar e aplicar a vacina", disse em entrevista coletiva o chefe da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
O imunizante também pode fazer parte do consórcio Covax, que leva vacinas para países que têm menos recursos para competir no acirrado mercado de compra de imunizantes. O Brasil já recebeu um parte das 10,5 milhões de doses que tem direito via consórcio.
A Sinopharm já afirmou ter capacidade de produzir até 5 bilhões de doses em 2021, mas continua em aberto se a China usará a aprovação para praticar a "diplomacia da vacina", já que precisa também imunizar sua população.
O novo imunizante chinês utiliza uma fabricação tradicional, por assim dizer. Do tipo "inativada", usa um vírus "morto" para gerar uma reação imunológica dentro do organismo, preparando para uma resposta eficiente quando entrar em contato com o vírus ativo.
Ela é recomendada para adultos com 18 anos ou mais, em duas doses com um espaçamento de três a quatro semanas. A eficácia foi estimada em 79%.