Foto tirada em 8 de maio de 2021 mostra uma placa da Organização Mundial da Saúde (OMS) na entrada de sua sede em Genebra (FABRICE COFFRINI/Getty Images)
A Organização Mundial da Saúde (OMS) e os países-membros se reúnem nesta quarta-feira, 1, para decidir se aceitam ou não fazer parte de um Tratado Global de Combate às Pandemias.
Com uma assembleia em formato híbrido, que se iniciou na segunda-feira, foram analisadas propostas com a intenção de criar “um órgão intergovernamental” que deve centralizar as decições de saúde no momento em que um novo surto de doença surgir. O objetivo é que as populações não voltem a ser apanhadas desprevenidas.
"Tudo isso vai acontecer de novo a menos que vocês, nações do mundo, se unam para dizer com uma só voz: nunca mais!”, declarou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, no evento de abertura da reunião.
Segundo a OMS, a variante Ômicron do SARS-CoV-2, detectada inicialmente na África do Sul, deve ser resultado da concentração de vacinas em países e ricos e da falta de um pensamento em comum no trato do pandemia, apresentando risco "muito elevado", em que os surtos de covid-19 podem ter "consequências graves" em algumas regiões.
A agência da ONU também pediu aos 194 estados-membros que acelerem a nova leva de doses nos grupos de risco e “garantam que os programas de mitigação” estejam em vigor”, de forma a manter os serviços de saúde essenciais.
Contudo, ainda são necessárias mais investigações para entender melhor o perigo da Ômicron de escapar da proteção da imunidade induzida pelo processo de vacinação e infecções anteriores.
Descobrir tal informação e se mobilizar em uma distribuição mais igualitária das vacinas é o primeiro teste de fogo para as nações que, nesta quarta-feira, disserem sim para o Tratado Global de Combate às Pandemias.