Ciência

OMS: É improvável que surto de varíola dos macacos se torne pandemia

Mais de 300 casos suspeitos e confirmados foram relatados fora da área endêmica em maio, principalmente na Europa

A cepa de vírus implicada no surto mata uma pequena fração dos infectados (Centro de Controle de Doenças/Divulgação)

A cepa de vírus implicada no surto mata uma pequena fração dos infectados (Centro de Controle de Doenças/Divulgação)

AO

Agência O Globo

Publicado em 30 de maio de 2022 às 10h11.

Última atualização em 30 de maio de 2022 às 10h13.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) não acredita que o surto de varíola dos macacos fora da África levará a uma pandemia, disse uma autoridade nesta segunda-feira, acrescentando que ainda não está claro se pessoas infectadas que não apresentam sintomas podem transmitir a doença.

Mais de 300 casos suspeitos e confirmados de varíola dos macacos, uma doença geralmente leve que se espalha por contato próximo, causando sintomas semelhantes aos da gripe e uma erupção cutânea distinta, foram relatados em maio, principalmente na Europa.

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A OMS está considerando se o surto deve ser avaliado como uma "potencial emergência de saúde pública de interesse internacional" ou PHEIC. Tal declaração, como foi feita para a Covid-19 e o Ebola, ajudaria a acelerar a pesquisa e o financiamento para conter a doença.

Questionada se esse surto de varíola tem potencial para se transformar em uma pandemia, Rosamund Lewis, líder técnica para varíola do Programa de Emergências em Saúde da OMS, disse: “Não sabemos, mas não pensamos assim”.

— No momento, não estamos preocupados com uma pandemia global — acrescentou.

A cepa de vírus implicada no surto mata uma pequena fração dos infectados, mas nenhuma morte foi relatada até agora.

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A maioria dos casos surgiu na Europa, e não nos países da África Central e Ocidental, onde o vírus é endêmico e não está predominantemente relacionado a viagens.

Os cientistas estão, portanto, investigando o que pode explicar esse aumento incomum de casos, enquanto as autoridades de saúde pública suspeitam que haja algum grau de transmissão comunitária.

Alguns países começaram a oferecer vacinas para contatos próximos de casos confirmados.

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