As vacinas contra a Covid-19 foram desenvolvidas para proteger contra casos graves e morte (Brendan McDermid/Reuters)
Agência O Globo
Publicado em 28 de janeiro de 2022 às 10h46.
Última atualização em 28 de janeiro de 2022 às 10h48.
As vacinas de reforços da Pfizer ou Moderna contra a Covid-19 aumentam para 95% a proteção contra morte causada pela variante Ômicron em pessoas com 50 anos ou mais, disse a Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido (UKHSA).
Cerca de seis meses após uma segunda dose de qualquer das vacinas, a proteção contra a morte causada pela Ômicron foi de cerca de 60% nas pessoas com 50 anos ou mais. No entanto, isso aumentou para cerca de 95% duas semanas após receber uma dose de reforço.
A UKHSA acrescentou que os dados mostram que o reforo garante também uma alta proteção contra o risco de hospitalização. A efetividade foi de 90% quando aplicada a tercerira dose de Pfizer, caindo para 75% de 10 a 14 semanas após a aplicação. No caso da Moderna, a efetividade contra hospitalização foi de 90% a 95% por até 9 semanas após a aplicação do reforço.
— As evidências são claras. A vacina ajuda a proteger a todos nós contra os efeitos da Covid-19 e o reforço está oferecendo altos níveis de proteção contra hospitalização e morte nos membros mais vulneráveis de nossa sociedade — disse Mary Ramsay, chefe da Imunização no UKHSA.
A UKHSA também divulgou uma análise inicial da eficácia da vacina contra a sublinhagem da Ômicron chamada BA.2, que está crescendo na Grã-Bretanha e na Dinamarca, encontrando um nível semelhante de proteção contra doenças sintomáticas.
Vinte e cinco semanas após duas doses da vacina, a efetividade contra a doença sintomática foi de 9% e 13%, respectivamente, para BA.1 e BA.2, disse o UKHSA. A proteção aumentou para 63% para BA.1 e 70% para BA.2 a partir de duas semanas após uma dose de retorço.
— Isso mostra que, de forma surpreendente, após 5 variantes de preocupação diferentes da variante original de Wuhan, as vacinas originais da primeira geração ainda são efetivas — afirma o médico Salmo Raskin, geneticista e diretor do Laboratório Genetika, de Curitiba.
As vacinas contra a Covid-19 foram desenvolvidas para proteger contra casos graves e morte. Por isso, a efetividade dos imunizantes é maior quando os números analisados são em relação à mortalidade, diminuindo quando se observa os dados de hospitalização, doença sintomática e assintomática. Nesta última, a efetividade costuma ser a menor.
Como a vacina treina nosso sistema imunológico para combater o coronavírus, ela não reduz tanto o número de infectados, no entanto, dá certa proteção contra a doença sintomática, uma proteção considerável contra as hospitalizações e sendo a efetividade maior contra a mortalidade.