Ciência

O que é variante B.1.621 e por que autoridades da saúde estão de olho nela

Cepa que chegou ao Brasil na Copa América já é responsável por 10% dos casos no sul da Flórida

Autoridades de saúde monitoram avanço da variante (Agência Brasil/Agência Brasil)

Autoridades de saúde monitoram avanço da variante (Agência Brasil/Agência Brasil)

KS

Karina Souza

Publicado em 2 de agosto de 2021 às 19h14.

Última atualização em 2 de agosto de 2021 às 19h34.

Pouco depois da Copa América, notícias a respeito da variante B.1.621 do coronavírus começaram a circular no Brasil. A cepa, que foi descoberta pela primeira vez na Colômbia, em janeiro deste ano, agora ultrpassou as fronteiras da América Latina e chegou aos Estados Unidos. No sul da Flórida, 10% do total de casos são originados por essa mutação, que é mais transmissível do que a versão original do vírus.

A pandemia mostrou que a inovação será cada dia mais decisiva para seu negócio. Encurte caminhos, e vá direto ao ponto com o curso Inovação na Prática

Em uma matéria publicada pelo Washington Post, pesquisadores afirmam que estão de olho nessa variante e no comportamento que deve ter nos Estados Unidos. Por lá, a variante Delta ainda é a principal fonte de contágio, respondenbdo por pelo menos 80% de novas infecções.

Por enquanto, não há evidência de que a variante escape das vacinas desenvolvidas. Até o momento, a variante já foi detectada em 19 países. Os mais notórios, além dos EUA, são Colômbia, Espanha, México e Holanda, segundo a BBC.

Ainda assim, pesquisadores temem o avanço da doença em regiões cuja vacinação ainda não avançou. Atualmente, 70% da população está vacinada com uma dose nos Estados Unidos e, segundo dados do CDC, 49,7% da população está vacinada com as duas doses.

Na classificação geral da OMS, a variante B.1.621 está no que eles chamam de "lista de alerta", o que significa que a variante necessita de mais estudos para que se chegue a um consenso global de forma clara a respeito dos riscos que oferece. Por enquanto, ela ainda não recebeu, também, nenhum nome do alfabeto grego.

Na última semana, órgãos de saúde como o serviço nacional de saúde britânico e o European Disease Center (algo como a Anvisa europeia) corroboraram o que já havia sido divulgado anteriormente, apontando que a variante merece atenção -- mas ainda sem evidências conclusivas sobre seu potencial de disseminação.

Cuidados se mantêm

Nos Estados Unidos e no Brasil, os cuidados para a prevenção da covid-19 se mantêm. Uso de máscaras e evitar aglomerações são algumas das principais medidas para evitar a disseminação do vírus -- e, consequentemente, diminuir o risco de contaminação e do surgimento de novas variantes.

Recentemente, estudos apontaram que mesmo pessoas vacinadas podem transmitir a variante Delta, por exemplo, tanto quanto quem ainda não foi vacinado.

O documento se baseia em dados de vários estudos, incluindo uma análise de um surto recente em Provincetown, Massachusetts, que começou após as comemorações de 4 de julho na cidade, quando é celebrado o Dia da Independência nos Estados Unidos. 

Vale lembrar que vacinas diminuem significativamente o risco de morte causada pela covid-19, mas nenhuma vacina impede o contágio da doença.

Acompanhe tudo sobre:CoronavírusPandemiaTodos contra o coronavírus

Mais de Ciência

Meteoro 200 vezes maior que o dos dinossauros ajudou a vida na Terra, diz estudo

Plano espacial da China pretende trazer para a Terra uma amostra da atmosfera de Vênus

Reino Unido testa remédios para perda de peso para combater desemprego

Nova variante do vírus da covid-19 é identificada em três estados