Ciência

Nuvem de poeira do Saara cobre Suíça e parte do sul da França

Fenômeno "tingiu" a paisagem com um tom amarelado e provocou alertas pelas concentrações de partículas finas

Imagem de 30 de março de 2024 mostra a nuvem de poeira vinda do Saara sobre os vinhedos de Lavaux, às magens do lago Léman, na Suíça (AFP)

Imagem de 30 de março de 2024 mostra a nuvem de poeira vinda do Saara sobre os vinhedos de Lavaux, às magens do lago Léman, na Suíça (AFP)

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Agência de notícias

Publicado em 30 de março de 2024 às 15h12.

Uma nuvem de areia do deserto do Saara cobre, desde a sexta-feira, os céus da Suíça e chegou neste sábado (30) ao sul da França, um fenômeno incomum que "tingiu" a paisagem com um tom amarelado e provocou alertas pelas concentrações de partículas finas.

O fenômeno gerou "uma piora" da visibilidade e um aumento das concentrações de partículas finas, advertiu na rede X o serviço meteorológico MeteoSuisse.

O sudeste da França também se viu afetado neste sábado pela nuvem de partículas finas, anunciaram as prefeituras das regiões de Provence-Alpes-Côte d'Azur e Hérault.

Na Suíça, devido à concentração de poeira a menos de 3.000 metros, a qualidade do ar se deteriorou desde as margens do lago Léman até o resto do país.

De acordo com as estimativas, a nuvem de poeira alcançou cerca de 180.000 toneladas, detalhou à rádio pública o meteorologista Roman Brogli. Esta é uma quantidade excepcionalmente elevada, que, segundo Brogli, equivale ao dobro da registrada em fenômenos similares na Suíça.

No sudeste da França, "o limite de alerta" foi superado neste sábado em toda a região de Provence-Alpes-Côte d'Azur, mas também em Hérault no Departamento de Gard.

O deserto do Saara é a maior fonte de poeira mineral do mundo e gera entre 60 e 200 milhões de toneladas por ano. As partículas maiores se precipitam rapidamente no solo, mas as menores podem ser transportadas ao longo de milhares de quilômetros, chegando à Europa e até mesmo a outros continentes.

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