Ciência

Novo teste rápido para covid-19 é aprovado nos Estados Unidos

A ideia da Becton Dickinson é produzir 2 milhões de testes do tipo por semana no final do mês de setembro; empresa não divulgou eficácia do teste

Coronavírus: FDA autorizou uso emergencial de testes rápidos (Diego Vara/Agência Brasil)

Coronavírus: FDA autorizou uso emergencial de testes rápidos (Diego Vara/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de julho de 2020 às 16h27.

Última atualização em 6 de julho de 2020 às 17h01.

A Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA, na sigla em inglês), espécie de Anvisa americana, autorizou o uso emergencial de testes rápidos de antígenos para o novo coronavírus da empresa americana Becton Dickinson and Co. Esse tipo de teste, diferentemente do RT-PCR, o mais preciso usado atualmente, é responsável por analisar a proteína do vírus, em vez do RNA e tem um nível mais baixo de precisão. A empresa não informou qual é a eficácia dele.

O que impulsinou o FDA a assinar a autorização de emergência foi a base de 226 espécimes testados pela companhia nos Estados Unidos. De acordo com a agência de notícias Reuters, a ideia da Becton Dickinson é produzir 2 milhões de testes do tipo por semana no final do mês de setembro. A novidade fez as ações da companhia subirem em 2,3% na bolsa americana.

O teste fica pronto em até 15 minutos e é o segundo de antígenos a ser aprovado pelo FDA. O primeiro foi o da empresa Quidel Corp, em maio deste ano.

No Brasil, um teste com base nas proteínas da covid-19 também foi lançado. Desenvolvidos pelo Grupo Fleury, os testes já estão disponíveis apenas em hospitais e laboratórios fora de São Paulo. De acordo com os dados do laboratório, o diagnóstico é mais eficiente entre o terceiro e o sétimo dia depois do início dos sintomas da covid-19.

A companhia tem material para produzir 15.000 testes e, segundo o dr. Celso Granato, infectologista e diretor clínico do Grupo Fleury, consegue produzir cerca de 1.500 testes do tipo por dia. “Se por acaso essa demanda aumentar, temos mais máquinas que podemos alocar para isso”, diz.

Um estudo de revisão que avaliou dados de outras 40 pesquisas de outros países apontou que não há evidências de que os testes rápidos sirvam para o diagnóstico do novo coronavírus.

Segundo a pesquisa, 34% dos testes rápidos dão resultados considerados falsos negativos, ou seja, pessoas infectadas são diagnosticadas como saudáveis de forma errônea.

Acompanhe tudo sobre:Coronavírus

Mais de Ciência

Há quase 50 anos no espaço e a 15 bilhões de milhas da Terra, Voyager 1 enfrenta desafios

Projeção aponta aumento significativo de mortes por resistência a antibióticos até 2050

Novo vírus transmitido por carrapato atinge cérebro, diz revista científica

Por que a teoria de Stephen Hawking sobre buracos negros pode estar errada