Brasil

Nível dos mananciais de SP cai e preocupa especialista

No sistema Cantareira, onde é usada a reserva técnica, o nível passou de 13% ontem para 12,8% hoje (28)


	Sistema de captação de água do sistema de abastecimento Cantareira na represa de Jaguari: seca preocupa especialista
 (Paulo Whitaker/Reuters)

Sistema de captação de água do sistema de abastecimento Cantareira na represa de Jaguari: seca preocupa especialista (Paulo Whitaker/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de outubro de 2014 às 16h05.

São Paulo - Sem ocorrência de chuva, o nível dos reservatórios de São Paulo continua caindo, de acordo com a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo.

No sistema Cantareira, onde é usada a reserva técnica, o nível passou de 13% ontem para 12,8% hoje (28). No mesmo dia de 2013, o percentual era 37,4%.

No Alto Tietê, o nível caiu 0,2 pontos percentuais deontem para hoje, quando o número chegou a 7,4%. No ano passado, o sistema operava com 51,9% de sua capacidade de armazenamento.

Na represa do Guarapiranga, o nível hoje é 40,8% ante 41% registrados ontem. No dia 28 de outubro do ano passado o nível era 76,7%.

No Rio Grande há 70,1% da capacidade, e ontem era 70,3%. No mesmo dia de 2013, a represa tinha 95,1%. No reservatório Rio Claro o nível é 45,8% da capacidade de armazenamento, ante os 46,6% de ontem e os 94,1% do dia 28 de outubro no ano passado.

Segundo o especialista em recursos hídricos e professor da Universidade Estadual de Campinas Antônio Carlos Zuffo, a expectativa é que as chuvas voltem para recuperar os níveis dos reservatórios, uma vez que qualquer solução de engenharia demora para ser implementada.

“A demora é de cinco a dez anos. Na situação atual, só podemos contar com a economia doméstica e industrial, aguardar chuvas e rezar para que venha acima da média”, disse.

Entretanto, ele ressaltou que a perspectiva é que a chuva venha abaixo da média, porque nos últimos meses as precipitações foram abaixo da média.

“É mais provável que continue assim do que acima [da média]. A chuva é um fenômeno natural, então, é mais provável que ocorra mais abaixo”, prevê.

Antonio Zuffo avaliou que, caso não chova este ano, e 2015 se inicie sem chuva, a população começará o ano sem água, porque a segunda cota da reserva técnica terá acabado. “Aí a situação seria muito pior do que este ano”.

Outro risco, se a falta de chuva continuar, é que a população fique sem energia elétrica, porque as represas onde estão as geradoras podem ficar sem água. “Isso justamente quando as temperaturas aumentam e o consumo também”, antecipou.

Acompanhe tudo sobre:ÁguaChuva de meteoroscidades-brasileirasEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstatais brasileirasMetrópoles globaisSabespSaneamentosao-pauloServiços

Mais de Brasil

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio

Bruno Reis tem 63,3% e Geraldo Júnior, 10,7%, em Salvador, aponta pesquisa Futura

Em meio a concessões e de olho em receita, CPTM vai oferecer serviços para empresas