Ciência

Nave espacial da Nasa se prepara para último mergulho em Saturno

A Cassini, 1ª nave espacial a orbitar Saturno, irá realizar o último dos 22 mergulhos de despedida entre os anéis e superfície do planeta em 15 de setembro

Cassini: a nave irá pegar fogo ao seguir direto para a esmagadora atmosfera do gigante gasoso (NASA/JPL-Caltech/Divulgação)

Cassini: a nave irá pegar fogo ao seguir direto para a esmagadora atmosfera do gigante gasoso (NASA/JPL-Caltech/Divulgação)

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Reuters

Publicado em 29 de agosto de 2017 às 21h23.

Washington- A nave Cassini, da agência espacial dos Estados Unidos, a Nasa, irá encerrar sua missão de 13 anos para Saturno em meados de setembro ao transmitir dados até o momento final antes de mergulhar na atmosfera do planeta anelado, disseram autoridades nesta terça-feira.

A Cassini, primeira nave espacial a orbitar Saturno, irá realizar o último dos 22 mergulhos de despedida entre os anéis e superfície do planeta em 15 de setembro. A nave então irá pegar fogo ao seguir direto para a esmagadora atmosfera do gigante gasoso.

O mergulho final da Cassini dará fim a uma missão que forneceu descobertas inovadoras, que incluem mudanças sazonais em Saturno, a semelhança da lua Titan a uma Terra primordial, e um oceano global na lua Enceladus, com plumas de gelo saindo de sua superfície.

"A missão tem sido insanamente, descontroladamente, lindamente bem sucedida, e está chegando a um fim em cerca de duas semanas", disse Curt Niebur, cientista do programa Cassini, em teleconferência com repórteres no Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, na Califórnia.

A fotografia final da Cassini ao seguir para atmosfera de Saturno provavelmente será dos propulsores, ou buracos nos anéis causados por pequenas luas, disse a cientista do projeto Linda Spilker.

A nave irá fornecer dados quase em tempo real sobre a atmosfera até perder contato com a Terra às 08h54 de 15 de setembro, no horário de Brasília, segundo a Nasa.

Spilker disse que os dados mais recentes da Cassini sobre os anéis haviam indicado que eles possuem uma massa mais leve do que previsto. Isto sugere que são mais jovens do que esperado, em cerca de 120 milhões de anos, e, logo, foram criados após o nascimento do sistema solar, disse.

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