Ciência

Nasa vai parar de usar nomes racistas em objetos espaciais

De acordo com a Nasa, os "apelidos que parecem inofensivos podem ser perigosos e distrair da ciência"

Nasa: agência espacial vai alterar nomes de galáxias e estrelas considerados racistas (Elen11/Getty Images)

Nasa: agência espacial vai alterar nomes de galáxias e estrelas considerados racistas (Elen11/Getty Images)

Tamires Vitorio

Tamires Vitorio

Publicado em 9 de agosto de 2020 às 08h00.

A Nasa, agência espacial dos Estados Unidos, anunciou na quarta-feira, 5, que vai parar de batizar objetos espaciais com nomes que tenham conotações racistas, após anos de críticas por certos nomes que escolheu dar para estrelas e galáxias, entre outros.

Entre as mudanças está a nebulosa planetária NGC 2392, cujo brilho são os resquícios de uma estrela parecida com o Sol que está explodindo no final de sua vida, que é comumente referida como "nebulosa esquimó". "Esquimó é um termo visto como colonizador e tem uma história racistas, imposta nos indígenas das regiões do Ártico. A maioria dos documentos oficiais já deixou de usar esse apelido", afirmou a Nasa em comunicado.

A agência também afirmou que não chamará mais o par de galáxias encontrada no aglomerado da Galáxia de Virgem, a NGC 4567 e a NGC 4568, de "gêmeas siamesas".

"Esses apelidos e termos podem ter conotações históricas ou culturais que são censuráveis ou hóstis e a Nasa está seriamente comprometida em mudá-las", disse o administrador para diversidade e igualdade da Nasa, Stephen T. Shih, no comunicado.

De acordo com a Nasa, os "apelidos são frequentemente mais acessíveis e têm mais adesão ao público do que os nomes originais de objetos côsmicos, mas apelidos que parecem inofensivos podem ser perigosos e distrair da ciência".

Acompanhe tudo sobre:EspaçoNasa

Mais de Ciência

Por que esta cidade ficará sem sol até janeiro

Astrônomos tiram foto inédita de estrela fora da Via Láctea

Estresse excessivo pode atrapalhar a memória e causar ansiedade desnecessária, diz estudo

Telescópio da Nasa mostra que buracos negros estão cada vez maiores; entenda