Parker Solar Probe, a sonda da Nasa que vai estudar o sol de perto, é lançada (Nasa/Divulgação)
Estadão Conteúdo
Publicado em 12 de agosto de 2018 às 10h13.
Cabo Canaveral, EUA - Uma sonda da Nasa partiu neste domingo em uma missão sem precedentes para se aproximar mais do Sol do que qualquer outro dispositivo já enviado ao espaço.
A Sonda Solar Parker voará diretamente através das bordas da corona solar, ou atmosfera externa, e eventualmente chegará a 6 milhões de quilômetros da superfície do astro nos próximos anos, permanecendo fria apesar do calor e da radiação extremos, permitindo que os cientistas explorem o Sol de uma forma nunca antes possível.
#ParkerSolarProbe lifted off from Space Launch Complex 37 at Cape Canaveral Air Force Station in Florida at 3:31 a.m. EDT aboard a @ulalaunch #DeltaIVHeavy! 🚀 Follow along with the mission here and at https://t.co/KOu1HaS2K3 as we explore the Sun like never before. pic.twitter.com/BSAtpb6QVr
— NASA Sun & Space (@NASASun) August 12, 2018
"Estamos nos preparando para algum aprendizado nos próximos anos", disse Eugene Parker, astrofísico de 91 anos, homenageado com o nome da sonda. Protegida por um novo e revolucionário escudo térmico de carbono, a sonda passará por Vênus em outubro.
O primeiro contato com o Sol será em novembro. No total, a sonda Parker fará 24 aproximações ao Sol no empreendimento de sete anos, que custou US$ 1,5 bilhão.
A tentativa de lançamento da manhã de sábado foi frustrada por problemas técnicos de última hora. Mas no domingo o lançamento teve êxito. Da Terra, são 150 milhões de quilômetros até o Sol. Já em seu primeiro contato com o astro, a sonda ficará a 25 milhões de quilômetros do Sol, batendo facilmente o recorde atual de 43 milhões de quilômetros estabelecido pela Helios 2 da Nasa em 1976. O chefe da missão científica da Nasa, Thomas Zurbuchen, espera que os dados, mesmo neste estágio inicial, rendam importantes trabalhos científicos.
Com esta missão, cientistas esperam desvendar muitos mistérios do sol, astro de cerca de 4,5 bilhões de anos, como por que a corona é centenas de vezes mais quente do que a superfície do Sol e por que a atmosfera do Sol está se expandindo continuamente e acelerando, como Eugene Parker previu em 1958.
Fonte: Associated Press.