SONDA PARKER: espaçonave é a missão que chegará mais perto do sol (Steve Gribben/NASA/Johns Hopkins APL/Divulgação)
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Publicado em 10 de agosto de 2018 às 06h13.
Última atualização em 10 de agosto de 2018 às 07h03.
Depois de explorar as águas de marte, a Nasa mira o outro lado do sistema solar. No sábado, a Agência Espacial Norte Americana lança a sonda solar Parker, a partir de uma base no Cabo Canaveral, a empreitada espacial que deve chegar o mais perto do possível do sol.
No momento em que estiver o mais próximo da nossa estrela, a nave irá voar a menos de 6 milhões de quilômetros da atmosfera quente do sol —Mercúrio, que é o planeta mais próximo do sol, está a cerca de 50 milhões de quilômetros.
O projeto, que custou 1,5 bilhão de dólares e ficará em funcionamento até 2025, se propõe a estudar a fundo o sol, de maneira que nenhuma outra espaçonave conseguiu nos últimos 60 anos. A nave tem 3 metros de comprimento e 1 metro de largura e conta com um escudo de carbono para proteção de calor de quase 12 cm de espessura — essa tecnologia é a grande responsável pela sonda ser capaz de chegar tão próxima do sol sem ser totalmente afetada pelo calor 1.377 graus celsius. Internamente a temperatura da nave será em torno de 30 graus, o que permitirá que os equipamentos continuem funcionando.
A ideia é que a sonda Parker consiga traçar como a energia e o calor se movem pela órbita solar, para entender o que acelera os ventos solares e partículas energéticas emitidas pelas estrela. Equipada com câmeras, medidores de campos eletromagnéticos e equipamentos para estudar os ventos solares, é esperado que a sonda Parker jogue novas luzes sobre uma parte ainda obscura do estudo do sistema solar.
Cientistas acreditam que entender como funcionam esses ventos solares é essencial para acompanhar as mudanças no clima espacial, bem como averiguar o impacto do sol em todos os lugares que a humanidade planeja visitar no futuro.