Ciência

Nasa abre concurso para projeto de banheiros lunares

Nasa concederá três prêmios de até 20 mil dólares aos inventores mais criativos. O sistema será instalado no módulo que levará astronautas à Lua em 2024

Nasa: grupo de astronautas recrutados em 2020 que pode ir para a Lua, no programa Artemis (afp/AFP)

Nasa: grupo de astronautas recrutados em 2020 que pode ir para a Lua, no programa Artemis (afp/AFP)

A

AFP

Publicado em 26 de junho de 2020 às 06h46.

Os astronautas podem urinar e defecar ao flutuar no espaço, mas a Nasa, que está procurando por projetos menores, mais eficientes e adaptados à baixa gravidade na Lua para suas futuras missões lá, lançou um concurso de projetos nesta quinta-feira (25). 

"Esse desafio espera gerar abordagens radicalmente novas e diferentes para o problema de coleta e armazenamento de dejetos humano", divulgou a agência espacial americana.

Os astronautas da Apollo usavam uma bolsa (pelo menos cinco permanecem na Lua, de acordo com registros oficiais), e os banheiros da Estação Espacial Internacional agora funcionam com canos e sistemas de sucção não-gravitacionais.

A Nasa concederá três prêmios (de 20.000, 10.000 e 5.000 dólares) aos inventores mais criativos de um sistema a ser instalado no módulo lunar que levará dois astronautas de volta à Lua em 2024, de acordo com o calendário oficial.

Três empresas competem para construir o módulo lunar.

As especificações estabelecidas indicam que os banheiros devem ser usados para homens e mulheres, operar na Lua (onde a gravidade é 1/6 da Terra) e em microgravidade no espaço, e também terão que ocupar menos de 0,12 metros cúbicos, e não fazer mais barulho do que um exaustor de banheiro (60 decibéis).

Mais importante, eles devem permitir defecação e micção simultâneas e ter a capacidade de receber um litro de urina e 500 gramas de fezes (incluindo diarreia) por evento, bem como 114 gramas por dia de menstruação.

Eles devem poder ser limpos em cinco minutos e impedir a passagem de odores e gotas para o interior estreito do veículo.

Os resíduos devem poder ser armazenados ou evacuados ao ar livre.

Para a Apollo, a urina foi liberada no espaço, onde "imediatamente se transformou em uma chuva de cristais brilhantes", segundo o autor Craig Nelson.

Outro detalhe para os interessados (com prazo final de 17 de agosto): "Bônus serão concedidos a projetos que permitam a coleta de vômitos sem forçar o membro da tripulação a enfiar a cabeça nos banheiros".

Acompanhe tudo sobre:NasaLua

Mais de Ciência

Estudo chinês aplica IA para mapear evolução de proteínas ligadas à ecolocalização

Pesquisadores chineses criam sistema que transforma CO2 do mar em plástico biodegradável

Cérebro humano tem limite de até 150 amigos, mesmo na era digital

Refrigerantes zero podem elevar risco de gordura no fígado, aponta estudo