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Na COP 21, Marina culpa governo por desmatamento da Amazônia

Ex-ministra disse que aumento do desmatamento é uma prova da ineficácia do governo Dilma na área ambiental


	Marina Silva: "O próprio crescimento de 16% é uma prova da ineficácia do governo", disse a ex-senadora
 (Leo Cabral/MSILVA Online)

Marina Silva: "O próprio crescimento de 16% é uma prova da ineficácia do governo", disse a ex-senadora (Leo Cabral/MSILVA Online)

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Da Redação

Publicado em 8 de dezembro de 2015 às 20h57.

A ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva acusou o governo de Dilma Rousseff de desmantelar o Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento da Amazônia (PPCDAM), o que estaria na origem do aumento de 16% na desflorestação da Amazônia.

A crítica foi feita durante evento na 21ª Conferência do Clima das Nações Unidas (COP 21), em Paris, onde o Brasil tem sido elogiado pelas metas ambiciosas de redução das emissões de gases de efeito estufa.

Segundo a ex-senadora, o aumento do desmatamento é uma prova da ineficácia do governo na área ambiental, que é apresentada em Paris como um caso de sucesso internacional.

"O próprio crescimento de 16% é uma prova da ineficácia do governo", disse Marina Silva. "O desmatamento subiu em um momento de recessão, em que a economia está paralisada. Você imagine se estivesse crescendo."

Para Marina Silva, o governo criou uma "expectativa de impunidade" que "voltou a grassar na Amazônia", o que leva ao aumento do desmatamento.

Outra razão seria a falta de revisão e de aperfeiçoamento do PPCDAM, criado em sua gestão no Ministério do Meio Ambiente.

"Tem uma série de ações que foram de certa forma desconstituindo o plano. Quando a marmita acabou, agora você começa a se deparar com a realidade de não ter feito nada para aperfeiçoar ou para colocar no lugar", disparou, reclamando da "falta de continuidade das ações".

Mariana Silva citou as ações, que segundo ela vinham sendo implementadas em três eixos: combate às práticas ilegais, o que teria levado à queda de 80% no desmatamento; ordenamento territorial e fundiário, o que teria sido feito apenas em parte, quando se criaram 24 milhões de hectares de unidades de conservação; e apoio às atividades produtivas sustentáveis, o que, para a ex-senadora, não teve suporte do governo.

"Esse é o momento de revisitar o PPCDAM", exortou.

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