Ciência

Mulher faz barriga de aluguel e descobre que um dos gêmeos é seu

O segundo bebê foi consequência de uma superfetação, que é quando um segundo óvulo é fecundado mesmo após a mulher já estar grávida

Grávida: o segundo bebê foi consequência de uma superfetação (Thinkstock/JPC-PROD/Thinkstock)

Grávida: o segundo bebê foi consequência de uma superfetação (Thinkstock/JPC-PROD/Thinkstock)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 31 de outubro de 2017 às 11h31.

Última atualização em 31 de outubro de 2017 às 11h32.

O casal pagou US$ 35 mil (cerca de R$ 110 mil) para Jessica ter um bebê fruto de um embrião do homem chinês. Depois de alguns meses já grávida, ela descobriu que seriam gêmeos idênticos, mas achou que estava tudo normal, que os dois bebês seriam dos chineses.

No contrato, Jessica pedia uma hora com os bebês antes de eles serem levados da maternidade. Os bebês eram meninos e nasceram no dia 12 de dezembro, saudáveis. Entretanto, o casal não cumpriu a determinação e foi embora com os bebês. Dias depois, os chineses enviaram uma foto para Jessica porque um dos bebês era muito diferente do outro.

"Eles não são iguais, né? Você imagina por que eles são tão diferentes?", disse a mulher chinesa via mensagem. "Uau! Eles são diferentes", respondeu Jessica. Por isso, os bebês foram submetidos a testes de DNA e, alguns dias depois, veio a resposta: um dos bebês, Mike, era filho dos chineses. Já o outro, Max, tinha os genes de Jessica.

O segundo bebê foi consequência de uma superfetação, que é quando um segundo óvulo é fecundado mesmo após a mulher já estar grávida. A superfetação é um acontecimento extremamente raro.

Depois disso, Jessica recebeu uma ligação da Omega, agência que intermediou a contratação da barriga de aluguel, relatando que Max foi deixado lá, porque o casal chinês não queria ficar com o bebê e ainda queria uma compensação financeira de US$ 18 mil (R$ 59 mil) a US$ 22 mil (R$ 72 mil). Então Jessica e seu marido, Wardell, disseram que queriam "adotar" o filho deles.

Entretanto, eles ainda teriam de pagar a dívida, e o problema é que Jessica já havia gastado a maior parte do dinheiro recebido na hora da contratação. Além disso, a omega queria uma taxa de US$ 7 mil (R$ 22 mil) por causa das burocracias. "Era como se Max fosse uma commodity e nós estivéssemos pagando para adotar nosso próprio filho", falou Jessica.

Em 5 de fevereiro, Jessica e Wardell finalmente pegaram seu filho e o chamaram de Malachi. "O momento foi incrivelmente emocionante e eu comecei a beijar e abraçar meu menino", falou.

Ela e o marido contrataram um advogado e iniciaram uma batalha judicial contra a Omega e contra o casal. O processo ainda está em curso, porém Jessica já conseguiu suspender a taxa que pagaria à Omega. "Já faz nove meses que estamos com Malachi e ele está muito bem, ele é tão lindo! Ele está saudável e sua personalidade é hilária. Ele ama seus irmãos e está aprendendo a andar e começando a falar", contou Jessica.

Acompanhe tudo sobre:BebêsCriançasDNAEstados Unidos (EUA)Gravidez

Mais de Ciência

Telescópio da Nasa mostra que buracos negros estão cada vez maiores; entenda

Surto de fungos mortais cresce desde a Covid-19, impulsionado por mudanças climáticas

Meteoro 200 vezes maior que o dos dinossauros ajudou a vida na Terra, diz estudo

Plano espacial da China pretende trazer para a Terra uma amostra da atmosfera de Vênus