Ciência

Mortalidade por covid-19 caiu desde começo da pandemia, diz pesquisa

Os cientistas alertam que, apesar da queda, as novas variantes da covid podem acabar aumentando novamente o número de mortos

Covid-19: mortalidade reduziu desde começo da pandemia (Laetitia Vancon/The New York Times)

Covid-19: mortalidade reduziu desde começo da pandemia (Laetitia Vancon/The New York Times)

Tamires Vitorio

Tamires Vitorio

Publicado em 2 de fevereiro de 2021 às 09h59.

A mortalidade pelo novo coronavírus caiu desde o começo da pandemia, em meados de dezembro de 2019, segundo uma pesquisa.

A proporção daqueles que foram hospitalizados com quadros mais graves da doença morrerem caiu de 60% (quando a doença apareceu) para 36% em outubro do ano passado. Em relação à mortalidade geral, a taxa foi de 60% no final de março para 42% no final de maio de 2020.

A análise foi feita com base em 52 estudos globais envolvendo 43.128 pacientes e foi publicado no jornal científico Anaesthesia. Os cientistas alertam que, apesar da queda, as novas variantes da covid podem acabar aumentando novamente o número de mortos e de doentes graves pela doença.

A meta-análise feita por eles mostra que, no final de setembro, a mortalidade era ainda menor do que em maio – com uma taxa de 35%.

 

Para eles, o número diminuiu pelo uso de esteróides, como a dexametasona,  pela mudança na forma como os pacientes internados pela covid-19 recebem terapia de oxigênio e fluídos e também por como o risco de coágulos está sendo observado dentro dos hospitais.

A mortalidade na maioria das regiões do mundo está, no momento, entre 30% e 40%. Na Europa, a média é de 33,4%, enquanto os Estados Unidos têm uma média de 40%. No Oriente Médio, no entanto, a taxa está muito mais alta, a 62%.

 

Acompanhe tudo sobre:CoronavírusDoençasPandemia

Mais de Ciência

Cientistas criam "espaguete" 200 vezes mais fino que um fio de cabelo humano

Cientistas conseguem reverter problemas de visão usando células-tronco pela primeira vez

Meteorito sugere que existia água em Marte há 742 milhões de anos

Como esta cientista curou o próprio câncer de mama — e por que isso não deve ser repetido