Ciência

Moderna inicia testes da vacina de covid-19 em crianças

Imunizar crianças e adolescentes é essencial para processo de retomada, apesar de essa população apresentar letalidade reduzida

Vacina da Moderna começa a ser testada em crianças (Craig F. Walker/The Boston Globe/Getty Images)

Vacina da Moderna começa a ser testada em crianças (Craig F. Walker/The Boston Globe/Getty Images)

TL

Thiago Lavado

Publicado em 16 de março de 2021 às 10h58.

Última atualização em 16 de março de 2021 às 13h04.

A farmacêutica Moderna começou estudos para aferir a eficácia da sua vacina contra a covid-19 em crianças entre 6 meses e 11 anos, nos Estados Unidos e Canadá.

A empresa afirmou nesta terça-feira, 16, que as primeiras crianças já receberam doses dentro do estudo, conduzido em parcerias com o Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas e com uma divisão do Departamento de Serviços de Saúde.

O estudo engloba as fases 2 e 3 da pesquisa do imunizante e vai contar com 6.750 crianças participantes em duas etapas, de acordo com a companhia. Em adultos, a vacina da Moderna se mostrou 94,5% eficaz contra a covid-19.

Outras farmacêuticas já iniciaram testes para vacinas em crianças e adolescentes. A Pfizer trouxe 2.000 adolescentes de 12 a 15 anos para um teste que começou em outubro e deve começar novas etapas em crianças de 5 a 11 anos. A vacina de Oxford-AstraZeneca também se prepara para testes infantis.

Até o momento os esforços de vacinação têm se concentrado em imunizar adultos e idosos — mais suscetíveis a quadros mais graves da covid-19. Historicamente, vacinas pediátricas têm se concentrado em doenças infantis fatais.

De acordo com relatório de 4 de março da Academia Americana de Pediatria, quase 3,2 milhões de crianças testaram positivo para covid-19 em 49 estados dos Estados Unidos que relatam casos por idade.

Mas enquanto mais de meio milhão de mortes relacionadas à covid foram registradas nos Estados Unidos, cerca de 250 crianças morreram nos 43 estados que rastreiam a mortalidade por idade.

Apesar de fatalidades reduzidas, a imunização de crianças e adolescentes é importante parte do processo de retomada de um país e de imunização coletiva, já que elas podem se infectar com o vírus.

Agentes de saúde do governo americano já afirmaram que se os testes forem positivos, adolescentes em idade escolar podem receber suas doses na segunda metade deste ano, e crianças mais novas no início de 2022.

 

Acompanhe tudo sobre:CriançasVacinasCoronavírusvacina contra coronavírusModerna

Mais de Ciência

Pesquisadores ligam intestino ao Alzheimer e mostram que dieta pode ajudar a frear inflamação

Cabe um docinho? Estudo explica por que sempre sobra espaço para sobremesas ao final das refeições

SpaceX adia lançamento do Starship após problemas técnicos

Como identificar mentirosos? Cientista revela técnica 'infalível' para desmascarar os inimigos