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Metade da dose da vacina da covid-19 é mais eficaz? EUA tenta descobrir

Ideia é aplicar metade da dose da vacina da Moderna que, segundo porta-voz, é tão eficaz quanto a dose inteira

 (JUSTIN TALLIS / AFP/Getty Images)

(JUSTIN TALLIS / AFP/Getty Images)

Tamires Vitorio

Tamires Vitorio

Publicado em 4 de janeiro de 2021 às 10h27.

Última atualização em 4 de janeiro de 2021 às 10h30.

O governo dos Estados Unidos está estudando novas formas para acelerar o processo de imunização do país contra o novo coronavírus.

A ideia dos EUA é aplicar somente a metade da dose da vacina produzida pela farmacêutica americana Moderna em algumas pessoas. A informação foi confirmada pelo cientista Moncef Slaoui, da força-tarefa para o combate à covid-19, neste domingo, 3, em entrevista à emissora americana CBS.

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"Sabemos que dar metade da dose da vacina da Moderna para pessoas com idades entre 18 e 55 anos --- duas doses, metade da dose, o que significa atingir exatamente o objetivo de imunizar o dobro de pessoas com as doses que temos --- inclui uma resposta imune idêntica à dose de 100 microgramas", afirmou Slaoui.

A discussão agora, segundo Slaoui, depende diretamente do Food And Drug Administration (órgão análogo a Anvisa brasileira), que precisa aprovar a mudança nos microgramas de cada dose.

A Moderna pretende ter 20 milhões de doses disponíveis nos Estados Unidos, com cerca de 500 milhões de doses produzidas anualmente.

 

A vacina, que tem como base o RNA do vírus, permanece estável em temperaturas entre 2 e 7 graus – semelhante a de uma geladeira doméstica – por até 30 dias — um bônus quando comparada a outras vacinas.

As fases para a aprovação de uma vacina

Para uma vacina ser aprovada, ela precisa passar por diversas fases de testes clínicos prévios e em humanos. Primeiro, ela passa por fases pré-clínicas, que incluem testes em animais como ratos ou macacos para identificar se a proteção produz resposta imunológica.

A fase 1 é a inicial, quando os laboratórios tentam comprovar a segurança de seus medicamentos em seres humanos; a segunda é a fase que tenta estabelecer que a vacina ou o remédio produz imunidade contra um vírus. Já a fase 3 é a última do estudo e tenta demonstrar a eficácia da imunização.

Uma vacina é finalmente disponibilizada para a população quando essa fase é finalizada e a proteção recebe um registro sanitário. Por fim, na fase 4, a vacina ou o remédio é disponibilizado para a população. Para chegar mais rápido ao destino, muitas opções contra a covid-19 nem passaram pela fase pré-clínica e outras estão fazendo fases combinadas, como a 1 e a 2 ao mesmo tempo.

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