Ciência

Engenheiro de 82 anos cria máquina que transforma ar em água potável

De acordo com o criador da máquina, o objetivo é levar o aparelho para campos de refugiados e outras áreas necessitadas do mundo

Água: escassez de água é um dos maiores problemas atuais (Mario Tama/Getty Images)

Água: escassez de água é um dos maiores problemas atuais (Mario Tama/Getty Images)

LP

Laura Pancini

Publicado em 14 de agosto de 2021 às 09h00.

A escassez de água é um dos problemas mais urgentes que a humanidade enfrenta hoje, especialmente em regiões que normalmente têm mais dificuldade de acesso.

Entre aqueles que buscam resolver o problema, está Enrique Veiga, engenheiro espanhol de 82 anos que projetou uma máquina que pode produzir água potável extraindo ela do ar.

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Agora, junto com sua empresa Aquaer, o profissional está fabricando os dispositivos e oferecendo água potável para algumas áreas da Namíbia e em um campo de refugiados no Líbano, com expectativa de ajudar outras regiões mais áridas do mundo.

"O objetivo é chegar a lugares como campos de refugiados, onde não há água para beber", disse Veiga à Reuters. “Nas aldeias que visitamos na Namíbia, as pessoas ficaram maravilhadas, não perceberam, perguntaram de onde vinha a água.”

Inicialmente, Veiga inventou o extrator de água potável nos anos 1990. Porém, naquela época, o aparelho não suportava temperaturas de 40ºC e só funcionava com umidade abaixo de 8%.

Seguindo o mesmo sistema que o do ar condicionado, a máquina de Veiga resfria o ar até o ponto de condensação e transforma ele em água.

A versão menor do aparelho pode ser transportada em carreta e produz entre 50 a 75 litros de água por dia. Já versões maiores podem gerar até 5.000 litros por dia.

A máquina também pode trabalhar em temperaturas de até 40 graus e umidade entre 10% e 15%.

“A nossa ideia não é apenas fazer um aparelho eficaz, mas útil para quem tem de andar quilômetros para ir buscar água ou cavar poços”, disse Veiga, que fundou uma organização sem fins lucrativos, a Water Inception, para levar a máquina para campos de refugiados e outras partes do mundo.

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