Alzheimer; idosos (krisanapong detraphiphat/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 31 de maio de 2023 às 07h00.
O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa e progressiva, que provoca alterações na memória, incidindo em alterações comportamentais, de personalidade e de humor. Nomeada em homenagem ao médico alemão Alois Alzheimer, que a descreveu pela primeira vez em 1906, a doença afeta milhões de pessoas em todo o mundo.
Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil, cerca de 1,2 milhão de pessoas apresentam algum tipo de demência, sendo que 100 mil novos casos são diagnosticados por ano. Diante disso, surgem muitas fake news e dúvidas sobre o Alzheimer. Por isso, a seguir, confira os principais mitos e verdades sobre o assunto:
Mito. Embora a perda de memória seja um sintoma comum do Alzheimer, a doença também pode afetar outras funções cognitivas, como a linguagem, a atenção e o raciocínio.
Em partes. “Embora existam alguns genes que aumentam o risco de desenvolver o Alzheimer, a maioria dos casos não é herdada geneticamente. Fatores ambientais e estilo de vida podem influenciar no desenvolvimento da doença”, diz o neurologista Ivan Okamoto.
Verdade. Existem exames de rastreio cognitivo que usam biomarcadores digitais, realidade aumentada imersiva e inteligência artificial, como o Altoida, para avaliar os padrões mentais e comportamentais. Dessa forma o declínio cognitivo pode ser investigado.
“Não é um exame invasivo, é realizado pelo tablet ou celular em 10 minutos, auxiliando no diagnóstico inicial da doença, sendo de fácil realização e interpretação por médicos. Sem contar que pode ser repetido entre seis meses e um ano e, assim, o especialista entender se as medidas terapêuticas indicadas estão funcionando ou não”, garante Ronald Lorentziadis, sócio-diretor da Biocare Sparkia, empresa voltada ao setor de assistência médica.
Verdade. Confusão mental, perda de memória, mudança do padrão de comportamento, dificuldade de locomoção e de deglutição podem fazer parte do quadro e se desenvolvem lentamente, mas se agravam com o tempo. “Por isso, a importância de um acompanhamento com um especialista por meio de avaliação clínica e exames de rastreio cognitivo e de imagem”, sugere o neurologista Ivan Okamoto.
Mito. Atualmente, não há cura para o Alzheimer. O tratamento pode ajudar a controlar os sintomas e atrasar a progressão da doença, mas não pode curá-la.
Mito. Vale fazer uma avaliação clínica acompanhada por exame de rastreio cognitivo, principalmente se você tem familiares com doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer. “Quando você faz uma investigação precoce e mantém o acompanhamento, pode conseguir postergar esses sintomas progressivos”, conclui o neurologista.