Ciência

Mais de 16 mil pessoas tomaram doses trocadas de vacina, diz jornal

Não existe comprovação de imunização contra covid-19 ao tomar primeira dose de um fabricante e segunda de outro

Vacinação drive-thru em São Paulo: retomada (Jonne Roriz/Bloomberg/Getty Images)

Vacinação drive-thru em São Paulo: retomada (Jonne Roriz/Bloomberg/Getty Images)

Segundo apurou o jornal Folha de S. Paulo, ao menos 16,5 mil pessoas vacinadas contra a Covid-19 no Brasil receberam a primeira dose da vacina da CoronaVac e a segunda dose da Oxford/AstraZeneca ou vice-versa. O levantamento feito pela Folha se valeu do Dasus, o sistema de informações do Ministério da Saúde.

Ao esmiuçar os dados, mapeou-se que a maioria (14.791) recebeu primeiro a Oxford/AstraZeneca e depois Coronavac. A menor parcela (1.735 pessoas) recebeu primeiro a Coronavac e depois a vacina de Oxford/AstraZeneca. Em todo o país, apenas Acre e do Rio Grande do Norte não registraram tal inversão. Foram contabilizados todos os vacinados no país no primeiro mês da campanha vacinal (de 17 de janeiro a 17 de fevereiro) que retornaram para a segunda dose até 8 de abril. Num total de 3,5 milhões de pessoas.

O protocolo de vacinação exige que os vacinados de grupos prioritários recebam o imunizante disponível no posto no dia da vacinação, sem possibilidade de escolha. No retorno para a segunda dose, é preciso que o fabricante seja mantido.

No entanto, o mapeamento mostrou que 7 em cada 10 trocas ocorreram em profissionais de saúde. Esse rastreamento é possível porque cada pessoa vacinada é registrada no Datasus com um código de identificação, no qual há informações sobre cada dose recebida, incluindo fabricante e número do lote.

 

 

 

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