Sítio arqueológico do Liceu de Aristóteles, em Atenas, na Grécia, em 2009 (AFP/Arquivos)
Da Redação
Publicado em 4 de junho de 2014 às 18h52.
O sítio arqueológico do Liceu de Aristóteles, descoberto em 1996, no centro de Atenas, e restaurado nos últimos anos, foi aberto ao público nesta quarta-feira, informou o Ministério da Cultura grego.
Este novo "parque arqueológico", com cerca de um hectare, oferece uma viagem ao universo do filósofo grego Aristóteles (384 a 322 a.C.) a algumas centenas de metros do Parlamento, em pleno centro da capital grega.
Foi lá, perto do templo consagrado a Apolo Lykeios - que deu nome à escola - que Aristóteles fundou sua academia, por volta do ano 335 aC, após retornar da Macedônia, em consequência da partida de seu aluno, Alexandre, o Grande, para as guerras de conquista.
Na escola peripatética, cujo nome vem do grego antigo 'peripatetikós' - "que ama caminhar debatendo", Aristóteles costumava dar aulas aos seus alunos enquanto caminhava.
Além dos vestígios de dois templos, entre os quais o de Apolo, o local compreende as ruínas de uma palestra, local de luta, onde seus alunos treinavam a arte da guerra.
O liceu constitui uma das três grandes escolas filosóficas da Antiguidade grega, ao lado da Academia de Platão e da Escola Cinosargo, criada pelos cínicos após a morte de Sócrates (339 a.C.).
Foi durante os trabalhos de escavação de um terreno destinado, a princípio, a dar lugar a um museu de arte moderna, que foram encontrados os vestígios do famoso Liceu, que os arqueólogos procuravam há séculos. Situado no prolongamento do museu bizantino, o local ficará aberto das 08h00 às 20h00.