A pesquisa foi apresentada no Encontro das Sociedades Acadêmicas Pediátricas 2019 nos EUA (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Agência Brasil
Publicado em 29 de abril de 2019 às 10h10.
Um estudo mostrou que bebês prematuros que consomem leite materno têm níveis significativamente mais altos de substâncias químicas importantes para o crescimento do cérebro.
O estudo apresentado no Encontro das Sociedades Acadêmicas Pediátricas 2019 em Baltimore, nos Estados Unidos, selecionou bebês que tinham muito baixo peso ao nascer (menos de 1.500 gramas) e 32 semanas de idade gestacional ou menos ao nascer.
A equipe da Children's National coletou dados da massa branca frontal direita e do cerebelo via espectroscopia de ressonância magnética de prótons.
Os espectros de massa branca cerebral mostraram níveis significativamente maiores de inositol, uma molécula semelhante à glicose, para bebês alimentados com leite materno, em comparação com os bebês alimentados com fórmula, de acordo com o estudo.
Os espectros cerebelares mostraram níveis de creatina significativamente maiores para bebês amamentados com leite materno em comparação com os bebês alimentados com fórmula.
Além disso, a percentagem de dias em que as crianças foram alimentadas com leite materno foi associada a níveis significativamente maiores de creatina e colina, um nutriente solúvel em água.
A creatina facilita a reciclagem da renovação energética da célula, pelo que maiores quantidades deste metabolito resultaram em mudanças mais rápidas e maior maturação celular, enquanto a colina é um marcador da renovação da membrana celular, de acordo com o estudo.
"Os principais níveis de metabólitos aumentam durante os tempos em que os cérebros dos bebês experimentam crescimento exponencial", disse a especialista em pediatria Katherine Ottolini, autora principal do estudo.
Com informações da Agência pública de notícias da China (Xinhua)*