(Kgosi Kai/Wikimedia Commons)
Lucas Agrela
Publicado em 9 de fevereiro de 2019 às 05h55.
Última atualização em 9 de fevereiro de 2019 às 05h55.
São Paulo – A cidade sul-africana de Kweneng teve seu ápice populacional entre os séculos XV e XIX, mas foi destruída e abandonada após guerras civis. Desde a década de 1960, pesquisadores já sabem da sua existência, mas não era possível analisar o antigo município em razão da vegetação que cresceu em meio a ele. Agora, um conjunto de lasers foi usado por pesquisadores da Universidade de Witwatersrand, na África do Sul, para criar um modelo 3D da cidade.
Para a professora Karim Sadr, a cidade é a prova de que o território não era inabitado quando os europeus chegaram até o local, no século XIX.
A tecnologia utilizada para o estudo se chama LiDAR e combina bilhões de pulsos de laser que são lançados ao solo para o mapeamento tridimensional.
A cidade de 20 quilômetros quadrados era governada por um rei, com sua família constituindo núcleo nobre da população. O monarca tinha poder absoluto, mas as pessoas poderiam decidir mudar-se do município, caso estivessem insatisfeitas com ele. O espaço tinha 800 domicílios e 10 mil habitantes.
A tecnologia de mapeamento tridimensional é uma tecnologia também usada para que os carros autônomos se orientem nas ruas e evitem acidentes.