Ciência

Lançamento de satélites para estudar furacões é cancelado

Os 8 micro-satélites serão colocados em órbita a 500 km de altitude acima do Equador, onde são formadas a maioria das tempestades tropicais e furacões

Furacões: os oito micro satélites devem entrar em operação em até 5 anos (Foto/Reuters)

Furacões: os oito micro satélites devem entrar em operação em até 5 anos (Foto/Reuters)

A

AFP

Publicado em 14 de dezembro de 2016 às 20h28.

O lançamento de uma frota de oito micro-satélites da Nasa para precisar e medir melhor a potência das tempestades tropicais e dos furacões foi cancelado novamente nessa quarta-feira (14) sem prazo determinado, como indicou a agência espacial.

"O lançamento do CYGNSS, previsto para a quarta, dia 14 de dezembro, foi postergado de novo por causa de um problema com os parâmetros do programa de voo do foguete", especificou a Nasa em um comunicado publicado na noite de terça-feira (13).

"A próxima tentativa de lançamento ocorrerá assim que os resultados das provas que estão sendo feitas sejam conhecidos", acrescentou a agência.

Já é a segunda vez que o lançamento é adiado. Na segunda-feira (12) a primeira tentativa foi cancelada devido ao mau funcionamento do mecanismo de funcionamento da aeronave, que voltou a aterrissar na base da Força Aérea dos Estados Unidos de Cabo Cañaveral, na Flórida, de onde havia decolado.

O foguete Pegasus, contendo três etapas de 22,6 toneladas e 17 metros de comprimento, transportará os satélites do programa CYGNSS (Cyclone Global Navigation Satellite System Mission) e será lançado do avião trijet L-1011 Stargazer, a 12.000 metros de altitude sobre o oceano Atlântico.

A ignição do motor da primeira etapa do Pegasus ocorre cinco segundos depois que se solta do foguete.

Os oito micro-satélites serão colocados em órbita terrestre a 500 km de altitude acima do Equador, onde são formadas a maioria das tempestades tropicais e furacões.

Com um custo de 157 milhões de dólares, a missão CYGNSS medirá a velocidade do vento sobre os oceanos melhorando a capacidade dos cientistas em entender e prever os furacões.

Os satélites, que pesam cada um 64 kg e que com os painéis solares desacoplados têm o tamanho de um cisne adulto, obterão seus dados provenientes de sinais de quatro outros satélites a partir da rede de GPS.

Essa informação é importante para ajudar os meteorologistas a determinar se as tempestades tropicais ganham ou perdem força, o que é difícil estimar com os instrumentos dos satélites atualmente desacoplados.

Esses últimos não podem penetrar em fortes chuvas e os aviões "caçadores de furacões" podem voar apenas sobre algumas partes específicas das tempestades, e não com frequência suficiente para perceber sua evolução.

Os oito micro satélites devem entrar em operação em até 5 anos.

Acompanhe tudo sobre:NasaFuracõesSatélites

Mais de Ciência

Por que Napoleão foi derrotado na Rússia? Estudo tem novas respostas

IA desenvolve relógio biológico que mede envelhecimento com precisão

Índia investe em 'semeadura de nuvens' para melhorar a qualidade do ar

Meteoro 'bola de fogo' surpreende ao iluminar o céu do Rio Grande do Sul