Ciência

Laboratórios são processados por inflar em até 171% o preço da insulina

Procuradora do Estado de Minnesota, nos EUA, diz que os preços de alguns produtos de insulina mais que duplicaram desde 2011

Insulina: empresas Sanofi, Eli Lilly e Novo Nordisk são acusadas de aumentar o preço do produto nos EUA (John Moore/Getty Images)

Insulina: empresas Sanofi, Eli Lilly e Novo Nordisk são acusadas de aumentar o preço do produto nos EUA (John Moore/Getty Images)

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AFP

Publicado em 17 de outubro de 2018 às 15h28.

O Estado de Minnesota, nos Estados Unidos, apresentou um processo contra as companhias farmacêuticas francesas Sanofi e Eli Lilly, bem como a dinamarquesa Novo Nordisk, acusando-as de mais do que dobrar o preço da insulina em pouco tempo.

A procuradora do Estado Lori Swanson diz que os preços de alguns produtos de insulina mais que duplicaram desde 2011 e triplicaram desde 2002.

Swanson cita o caso do Levemir (Novo Nordisk), que aumentou de 120,64 dólares a garrafa em 2012 para 293,75 dólares em 2018, um aumento de 143,5%.

O Lantus da Sanofi aumentou seu preço de 99,35 dólares em 2010, quando foi lançado, para 269,54 dólares em 2018, 171,3%, enquanto o HumaLog (Eli Lilly) custava 274,70 dólares a garrafa em 2017, contra 122,60 dólares em 2011, um aumento de 124%.

"A insulina é um assunto de vida ou morte para os diabéticos, e muitas pessoas não podem pagar os aumentos de preços, mas não podem deixar de tomar drogas", disse ela.

No processo, os três laboratórios são acusados de "inflar fraudulentamente" os preços "oficiais" dos produtos de insulina. Contudo, ofereceram descontos aos intermediários entre os planos de saúde e os laboratórios para proporcionar os medicamentos em nome dos programas de de saúde e das seguradoras.

Nos Estados Unidos, as farmacêuticas fixam livremente seus preços conforme a oferta e a demanda, e depois negociam diretamente os reembolsos com seguradoras privadas e programas de saúde utilizando intermediários.

Contatada, a Sanofi disse que a queixa é infundada e que vai se defender.

"Levamos muito a sério este problema e estamos analisando as acusações feitas nesta queixa", respondeu a Novo Nordisk, acrescentando que suas práticas estão dentro dos requisitos legais.

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