Mulher recebe dose da J&J em Chicago (Carlos Barria/Reuters)
Laura Pancini
Publicado em 24 de setembro de 2021 às 09h11.
Última atualização em 16 de novembro de 2021 às 17h36.
*Atualização: A matéria foi atualizada para incluir as informações divulgadas pelo Ministério da Saúde na terça-feira, 16 de novembro, sobre a dose de reforço.
A dose de reforço é a mais nova etapa para a proteção contra o coronavírus. Tudo indica que, assim como o vírus da gripe, será necessário tomar uma dose extra da vacina com uma certa regularidade para manter a proteção da população alta e a circulação do vírus baixa.
Aqueles com baixa imunidade ou idosos com mais de 70 anos já são elegíveis para a terceira dose. Como contam com um sistema imunológico mais fraco, a proteção da vacina diminui com o passar dos meses.
Na terça-feira,16 de novembro, o Ministério da Saúde, anunciou a disponibilidade da dose de reforço contra a covid a todos os brasileiros com mais de 18 anos. Segundo Queiroga, há "doses de vacinas suficientes" para abastecer as 38 mil unidades básicas de saúde do País.
Até aqueles que tomaram a dose única da Johnson&Johnson terão que se vacinar novamente — inclusive, por sua disponibilidade no país, o Ministério da Saúde já autorizou o uso do imunizante como dose de reforço (terceira dose), junto com a Pfizer e a AstraZeneca.
A agência de saúde norte-americana FDA, como a Anvisa, já autorizou o uso emergencial da dose extra da vacina da Janssen. Entenda qual é a situação no Brasil:
Sim. No dia 16 de novembro, o Ministério da Saúde afirmou que todos os adultos poderão ser vacinados com a dose de reforço da vacina contra a covid-19 após cinco meses da aplicação da segunda dose. "No início, a recomendação era que essa vacina fosse de dose única. Hoje, nós sabemos que é necessária essa proteção adicional", disse.
A regra é que a aplicação seja feita dois meses após a primeira dose, com possibilidade de dose de reforço cinco meses depois.
Vale o lembrete: apesar de que a primeira dose tenha eficácia de aproximadamente 70% contra casos graves de covid, pesquisas científicas até agora indicam que a proteção dos anticorpos cai entre seis meses e um ano. Além disso, com altas taxas de vacinação, o coronavírus pode eventualmente se tornar tão inofensivo e comum quanto a gripe.
Os dados que temos atualmente ainda são preliminares e baseados exclusivamente no comunicado de imprensa da J&J. O estudo teve 30.000 participantes acima de 18 anos que tomaram a segunda dose 56 dias após a primeira.
A J&J afirma que a eficácia para casos moderados e graves aumentou para 94% após a dose extra.
Um reforço administrado dois meses após a primeira dose aumentou os níveis de anticorpos de quatro a seis vezes. Quando administrado seis meses após a primeira dose, os níveis de anticorpos aumentaram doze vezes, sugerindo uma grande melhora na proteção com o intervalo mais longo entre as doses.
Sim. A vacina J&J continua a ter o mesmo perfil de segurança de antes e também os mesmos efeitos colaterais raros. No estudo realizado pela empresa, a segunda dose não resultou em mais respostas negativas do que a primeira.
De acordo com informações do Ministério da Saúde, todos devem esperar cinco meses após a segunda dose para aplicar a dose de reforço.
Somente para aqueles que tomaram a vacina de dose única. A segunda dose deve ser da mesma farmacêutica.
As pesquisas indicam que não há problema em misturar os imunizantes, mas isso só vem acontecendo em casos especiais ou na aplicação da dose extra.
Para a dose de reforço, o Ministério da Saúde recomendou o uso das vacinas de Pfizer, AstraZeneca e Janssen. A dose de reforço será, preferencialmente, da Pfizer. Na falta dela, Janssen ou AstraZeneca devem ser administradas.
Os Estados do Rio de Janeiro e São Paulo também incluíram a Coronavac como uma opção para a dose extra.