Vacina da J&J: inicialmente de dose única, reforços são testados pela farmacêutica (SANDER KONING/ANP/AFP/Getty Images)
Thiago Lavado
Publicado em 25 de agosto de 2021 às 13h50.
Última atualização em 25 de agosto de 2021 às 13h59.
A Johnson&Johnson divulgou nesta quarta-feira, 25, o resultado de estudos realizados com uma dose adicional da vacina da empresa, que geraram resposta imune forte, o que justificaria uma dose de reforço da vacina contra a covid-19 feita pela empresa, que é atualmente uma vacina de dose única.
Os pesquisadores da J&J afirmam que encontraram níveis de anticorpos 9 vezes mais alto entre aqueles que receberam o reforço, se comparado com um mês após a aplicação da primeira dose.
A empresa não especificou quando ou quantas pessoas participaram do estudo e receberam a dose extra, mas informações publicados em uma base de dados do governo americano afirmam que as doses foram ministradas seis meses após a primeira aplicação.
"Estamos ansiosos para discutir com responsáveis pela saúde pública uma estratégia em potencial para nossa vacina, reforçando oito meses ou mais tarde a dose única da vacinação", afirmou Mathai Mammen, médico responsável pelo departamento de pesquisa e desenvolvimento da empresa.
Os dados divulgados devem embasar a política de doses de reforço que os EUA estão planejando para a população que tomou as vacinas de RNA Mensageiro, desenvolvidas pela Pfizer e pela Moderna. Um reforço da J&J, que é uma vacina de vetor viral, deve entrar nos planos das autoridades na sequência.
No Brasil, o Ministério da Saúde e os estados já preparam a inoculação de doses de reforço e terceiras doses de vacinas em idosos com mais de 60 anos a partir de setembro.