Marcas de dentes sugerem que 'ave do terror' foi atacada por réptil há 13 milhões de anos (Imagem gerada por IA )
Redação Exame
Publicado em 23 de julho de 2025 às 10h41.
Cientistas colombianos analisaram marcas de dentes em um osso fossilizado de uma ave do terror, que viveu há 13 milhões de anos, e chegaram à conclusão de que a ave pode ter sido atacada por um predador ainda maior que ela. As marcas, encontradas no osso da perna de um grande réptil, sugerem que um jacaré extinto pode ter sido responsável pela morte do animal.
As aves do terror eram predadores de topo, com tamanho superior a um ser humano, pernas poderosas e bicos afiados. Elas eram capazes de capturar suas presas com facilidade.
O osso foi encontrado no Deserto de Tatacoa, região rica em fósseis do Mioceno Médio, e estava sendo estudado por paleontólogos quando eles notaram as marcas de mordida.
A pesquisa, que envolveu escaneamentos digitais 3D das marcas, revelou que as mordidas se assemelham a Purussaurus neivensis, uma espécie extinta de jacaré que podia atingir até 5 metros de comprimento. Assim como os jacarés que conhecemos hoje, esse réptil se escondia nas margens da água, esperando para emboscar suas presas.
O principal autor do estudo, chamado Dr. Link, afirmou que o incidente pode ter sido uma "batalha até a morte", o que oferece novas perspectivas sobre o ecossistema da época. A descoberta também sugere que as aves do terror eram mais vulneráveis a predadores do que se pensava inicialmente.
O estudo é parte de uma colaboração com o colecionador de fósseis local, César Augusto Perdomo, que encontrou o osso há cerca de 15 anos.