Ciência

Israel vai oferecer 3ª dose da Pfizer a maiores de 60 anos

Medida tem o objetivo de desacelerar a disseminação da variante Delta do coronavírus

Vacinação contra o coronavírus em Israel (JACK GUEZ/AFP/Getty Images)

Vacinação contra o coronavírus em Israel (JACK GUEZ/AFP/Getty Images)

R

Reuters

Publicado em 29 de julho de 2021 às 15h45.

Última atualização em 29 de julho de 2021 às 15h50.

 Israel começará a oferecer uma terceira dose da vacina da Pfizer/BioNTech contra a Covid-19 a maiores de 60 anos, o primeiro país do mundo a fazê-lo na tentativa de desacelerar a disseminação da variante Delta do coronavírus.

  • Quer saber tudo sobre o ritmo da vacinação contra a covid-19 no Brasil e no Mundo? Assine a EXAME e fique por dentro.

O primeiro-ministro Naftali Bennett, ao lançar a campanha, disse que o presidente de Israel, Isaac Herzog, será o primeiro a receber a dose de reforço, na sexta-feira.

Israel foi um líder na vacinação mundial. Muitos idosos receberam suas doses em dezembro, janeiro e fevereiro porque eram considerados o setor mais vulnerável da população.

Mas desde o surgimento da variante Delta, o Ministério da Saúde relatou duas vezes uma queda na eficácia da vacina contra infecções e um pequeno decréscimo na proteção a doenças graves.

A campanha de reforço, com doses administradas por organizações de saúde, efetivamente transformará Israel em um teste para a terceira dose, antes da aprovação da agência reguladora dos EUA Food and Drugs Administration (FDA).

"As descobertas mostram que há uma queda na imunidade do corpo ao longo do tempo. O objetivo da dose de reforço é aumentá-la novamente e, assim, reduzir significativamente as chances de infecção e doenças graves", disse Bennett em uma coletiva de imprensa.

A Pfizer disse na quarta-feira que acredita que as pessoas precisam de uma dose adicional para manter alta a proteção contra o coronavírus. A empresa disse que entraria com autorização de emergência nos EUA para reforçar as doses a partir de agosto.

Um painel de especialistas em vacinação de Israel, que aconselha o Ministério da Saúde, aprovou de forma esmagadora a campanha de reforço na noite de quarta-feira, disse Bennett. Pessoas com mais de 60 anos que receberam a segunda dose da vacina da Pfizer há pelo menos cinco meses estarão elegíveis.

Cerca de 57% da população de 9,3 milhões de pessoas de Israel foi vacinada. Aproximadamente 160 pessoas estão internadas com sintomas graves e as novas infecções diárias subiram para mais de 2.000, depois de apenas alguns casos por dia meses atrás.

Acompanhe tudo sobre:CoronavírusIsraelPfizerVacinas

Mais de Ciência

Mudanças climáticas podem trazer efeitos catastróficos para a Antártica, alertam cientistas

Nasa pode ter matado seres vivos em Marte durante missão espacial, diz cientista

Cientistas descobrem que humanos na era do gelo usavam material inusitado para fabricar agulhas

Medicamento usado para tratamento de esquizofrenia pode revolucionar tratamento do Alzheimer