Orca: considerada a maior instalação do mundo em captura de dióxido de carbono (Orca/Divulgação)
Estratégia, design, engenharia digital e tecnologia foram utilizados por um grupo de especialistas para remover dióxido de carbono (CO2) do ar de maneira mais eficiente.
O projeto, desenvolvido pela consultoria Accenture e pela Climeworks, consiste em uma nova planta construída na Islândia chamada Orca, que iniciou suas operações em setembro deste ano.
A partir de agora, a planta irá capturar 4.000 toneladas de dióxido de carbono por ano, fazendo com que seja a maior instalação do mundo nesse segmento.
A Climeworks, que tem sede em Zurique, na Suíça, é uma empresa especializada em capturar CO2 do ar e devolvê-lo à terra, armazenado com segurança e permanentemente afastado por milhões de anos. Também promove a reciclagem do CO2 em produtos ecológicos, como combustíveis e materiais neutros em carbono.
Na nova planta, cuja construção teve início em maio de 2020, o CO2 será colocado em armazenamento subterrâneo fornecido pela Carbfix, onde se transformará em pedra em menos de dois anos.
A parceria entre a Accenture e a Climeworks começou depois que líderes das duas empresas se reunirem em um painel de discussão no Fórum Econômico Mundial em 2018.
Naquela época, a Climeworks iniciava sua trajetória de expansão de tecnologia, e a Accenture se ofereceu para colaborar com a empresa nas próximas etapas de seu crescimento.
Uma equipe de voluntários da consultoria foi formada para ajudar a companhia suíça, que ingressou no programa de Parcerias de Desenvolvimento da Accenture, que apoia organizações que trabalham para impactar positivamente o mundo.
Nesse modelo de trabalho, designers da Designaffairs, empresa parte da Accenture, projetaram a fábrica da Climeworks na Islândia. A consultoria também apoiou o projeto na parte de engenharia digital com sua empresa Industry X, que projetou a planta digital.
Com essa planta digital, a Climeworks poderá monitorar e detectar anomalias no processo de remoção de CO2 em tempo real, permitindo que a empresa ajuste a planta a fatores como condições climáticas e otimize seu consumo de energia.
A Microsoft também entrou no projeto e está apoiando a Climeworks na mudança de seus sistemas de TI para a nuvem.
“A Orca, como um marco na indústria de captura direta de ar, fornece um projeto escalonável, flexível e replicável para a expansão futura da Climeworks”, comenta Jan Wurzbacher, coCeo e cofundador da Climeworks. “Com ela, estamos preparados para aumentar rapidamente nossa capacidade nos próximos anos. Alcançar o net zero ainda é um longo caminho a percorrer, mas com o Orca acreditamos que a Climeworks deu um passo significativo para atingir esse objetivo.”