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Insumo da CoronaVac chega ao Brasil: a vacinação vai decolar?

Um lote de 5.400 litros do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), necessário para fabricação da CoronaVac chegam nesta quarta-feira, 3, a São Paulo. Com esse carregamento, o Instituto Butantan conseguirá produzir 8,6 milhões de doses da vacina no país e ajudar a ampliar o processo de imunização dos brasileiros. A pandemia mexeu com a economia e […]

CoronaVac (Amanda Perobelli/Reuters)

CoronaVac (Amanda Perobelli/Reuters)

TL

Thiago Lavado

Publicado em 3 de fevereiro de 2021 às 06h00.

Um lote de 5.400 litros do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), necessário para fabricação da CoronaVac chegam nesta quarta-feira, 3, a São Paulo. Com esse carregamento, o Instituto Butantan conseguirá produzir 8,6 milhões de doses da vacina no país e ajudar a ampliar o processo de imunização dos brasileiros.

Um outro lote de IFA, de 5.600 litros, está em processo de liberação pelo governo chinês, de acordo com Dimas Covas, diretor do Butantan. A expectativa é que o órgão consiga entregar 17,3 milhões de doses da CoronaVac ao Ministério da Saúde a partir de 25 de fevereiro.

Até o momento, o Butantan já disponibilizou 8,7 milhões de doses para a Saúde e o Programa Nacional de Imunizações. O acordo do governo federal prevê a entrega de 46 milhões de doses em primeira etapa.

O modelo de licenciamento adotado pelo Brasil prevê a importação dos insumos para fabricação local das vacinas. Mas, apesar disso, ainda engatinha o processo de imunização no país. Com a imunização de profissionais de saúde e idosos, o país aplicou até o momento pouco mais de 2,1 milhões de doses.

A realidade é bem aquém de lugares como Israel, em que 35% da população já foi vacinada, ou mesmo dos Estados Unidos, onde o número de vacinados já superou o de infectados pela covid-19.

O país é notório pela capacidade de vacinar grandes parcelas da população em pouco tempo e, em 2014, o PNI tinha 30.000 salas de vacina espalhadas pelo país, com possibilidade de escalar um processo de imunização.

Mas, para vacinar as pessoas, é preciso ter doses da vacina, problema em que o Brasil patina atualmente. O governo perdeu a oportunidade de adquirir os imunizantes com antecedência, de acordo com uma reportagem da agência Reuters. E até aventou-se a possibilidade de a iniciativa privada entrar em cena, adquirindo doses junto à farmacêutica AstraZeneca, que tem uma vacina desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford, atualmente já em distribuição pelo país.

A CoronaVac, como a maioria das vacinas contra o coronavírus, requer duas doses para ter eficácia completa, o que significa que mesmo as doses desenvolvidas com os insumos que chegam hoje serão suficientes para cerca de 10% dos brasileiros.

As 17 milhões de doses que serão produzidas no país serão fundamentais para o combate à pandemia, mas adquirir mais imunizantes — e aplicá-los na população a toque de caixa — é essencial para deixar o coronavírus no passado.

 

 

 

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