Ciência

Infectados com variante Delta têm carga viral 300 vezes maior, diz estudo

"Isto não significa que a Delta é 300 vezes mais infecciosa. Achamos que sua taxa de transmissão é cerca de duas vezes a da versão original do vírus", diz uma autoridade do Ministério da Saúde coreano

Pessoas aguardam em fila para fazer o teste de Covid-19 em Seul, Coreia do Sul
15/07/2021 REUTERS/ (Kim Hong-Ji/Reuters)

Pessoas aguardam em fila para fazer o teste de Covid-19 em Seul, Coreia do Sul 15/07/2021 REUTERS/ (Kim Hong-Ji/Reuters)

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Reuters

Publicado em 24 de agosto de 2021 às 13h15.

Última atualização em 24 de agosto de 2021 às 15h10.

Pessoas infectadas com a variante Delta mais transmissível têm uma carga viral 300 vezes maior do que aquelas com a versão original do vírus da Covid-19 quando os sintomas começam a ser observados, revelou um estudo da Coreia do Sul.

Mas o valor diminuiu gradualmente com o tempo, ficando em 30 vezes maior depois de quatro dias, mais de 10 vezes em nove dias e alcançando os níveis vistos em outras variantes depois de 10 dias, informou o Centro de Controle e Prevenção de Doenças da Coreia (KDCA) nesta terça-feira.

A carga mais elevada significa que o vírus se dissemina muito mais facilmente de pessoa para pessoa, aumentando as infecções e hospitalizações, disse Lee Sang-won, uma autoridade do Ministério da Saúde, em uma coletiva de imprensa.

"Mas isto não significa que a Delta é 300 vezes mais infecciosa... achamos que sua taxa de transmissão é 1,6 vez a da variante Alpha, e cerca de duas vezes a da versão original do vírus", disse Lee.

A variante Delta do novo coronavírus foi identificada primeiramente na Índia, e a Alpha no Reino Unido.

Para evitar a disseminação da variante Delta, agora a linhagem predominante em todo o mundo, a KDCA pediu às pessoas que façam exames imediatamente quando desenvolverem sintomas da Covid-19 e que evitem encontros pessoais.

A proliferação rápida da Delta e as taxas baixas de vacinação pegam grande parte da Ásia de guarda baixa, especialmente em mercados emergentes, enquanto as economias da Europa e da América do Norte se reativam.

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