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Incor festeja mil transplantes de coração e pulmão em SP

O Incor é responsável por mais de 40% do total de transplantes de coração feitos no estado de São Paulo


	Transplante: o Incor é responsável por mais de 40% do total de transplantes de coração feitos no estado de São Paulo
 (Divulgação / Santa Casa/EXAME.com)

Transplante: o Incor é responsável por mais de 40% do total de transplantes de coração feitos no estado de São Paulo (Divulgação / Santa Casa/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 1 de agosto de 2016 às 15h37.

O Instituto do Coração (Incor), do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, comemorou hoje (1º) a marca dos mil transplantes de coração e pulmão desde o início desse tipo de procedimento, em 1985.

No período, foram realizados 563 transplantes de coração em adultos, 230 de coração infantil e 286 de pulmão, chegando a 1.080 cirurgias até 30 de julho deste ano.

O Incor é responsável por mais de 40% do total de transplantes de coração feitos no estado de São Paulo . Em 2015, foram 59 cirurgias de um total de 141.

O Incor também respondeu por 38% dos transplantes de pulmão, com 24 procedimentos, de um total de 63 em todo estado. Neste ano, já foram feitos no Incor 22 transplantes de coração, 21 de pulmão e seis de coração infantil.

Apoio do governo

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, que participou hoje da solenidade alusiva aos mil transplantes, ressaltou que o governo e o Sistema Único de Saúde (SUS) apóiam o Incor, já que 95% dos transplantes são feitos pelo sistema.

“A qualidade dos transplantes é muito importante. O Brasil é protagonista nessa área. Nós queremos que continue sendo. Por isso, minha presença representando o governo federal”, disse.

Ele lembrou que o governo tem feito campanhas para estimular a doação de órgãos. “Eu faço um apelo aos familiares e às pessoas que possam se declarar doadoras  porque é fundamental dar oportunidade para que pessoas continuem vivendo. É um momento de dor das famílias, mas a doação de órgãos gratifica”.

Barros disse, ainda, que o ministério conseguiu descontingenciar [desbloquear] recursos que estavam contingenciados no início do ano. Assegurou que o governo tem dado prioridade à saúde.

“Nós recompusemos o orçamento e executaremos integralmente o orçamento deste ano. Iniciamos a negociação para os recursos do ano que vem e os recursos são sempre crescentes; não vejo possibilidade de retrocesso. Nossa gestão está fazendo uma economia significativa e esses recursos serão suficientes para fazer mais atendimentos com mais qualidades do que já temos”.

Campanhas

O presidente do conselho diretor do Incor, Roberto Kalil Filho, afirmou que o Brasil já tem muitos doadores, mas ainda está aquém do necessário, ocupando ainda uma posição não muito boa neste sentido. “Por isso, as campanhas para estimular a doação são muito importantes.

Pela lei, já existem decretos dizendo que a pessoa é doadora automática. Mas as famílias têm que autorizar. O importante, além de ser um doador, é a família se conscientizar de que cada órgão salva uma vida e autorizar [a doação]”.

Kalil destacou que o Incor detém a tecnologia mais moderna para a realização de transplantes e melhorou muito com relação à captação de órgãos.

“Inclusive temos helicópteros do governo do estado para pegar órgãos à distância. E com o decreto do presidente interino Michel Temer determinando que os aviões da FAB sejam usados para o transporte, melhora ainda mais. Depois do decreto, o primeiro paciente que recebeu um coração foi aqui do Incor. O coração veio de Florianópolis e o transplantado já teve alta”.

O professor universitário Elias Manoel da Silva tem 53 anos e fez o milésimo transplante realizado no Incor em setembro de 2015. Ele contou que não precisou esperar muito tempo por um coração novo, pois foi internado em 1ºde julho com o coração dilatado e, logo depois, a cirurgia foi feita. Segundo ele, o transplante fez com que ele visse a possibilidade de realizar atividades que nunca achou que pudesse fazer.

“Não achei que foi muito tempo porque eu já estava internado. Fiquei praticamente seis meses internado entre o antes e o depois. Essa foi a parte mais difícil porque, desde então, eu vivo bem. Consigo realizar coisas que achava que não faria”.

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