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Impacto de zika em crianças pede nova abordagem, diz médico

O surto atual foi detectado primeiro no Brasil ano passado, e as autoridades de saúde estimam que a doença pode infectar até 4 milhões de pessoas nas Américas


	Zika: o surto atual foi detectado primeiro no Brasil ano passado, e as autoridades de saúde estimam que a doença pode infectar até 4 milhões de pessoas nas Américas
 (Paulo Whitaker / Reuters)

Zika: o surto atual foi detectado primeiro no Brasil ano passado, e as autoridades de saúde estimam que a doença pode infectar até 4 milhões de pessoas nas Américas (Paulo Whitaker / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 20 de junho de 2016 às 16h14.

A disseminação do zika vírus pelas Américas provavelmente irá afetar as vidas de dezenas de milhares de crianças com uma ampla gama de problemas neurológicos e psiquiátricos no ano que vem, exigindo uma nova abordagem em seus cuidados, disse um destacado especialista em doenças norte-americano nesta segunda-feira.

O doutor Peter Hotez, da Escola Nacional de Medicina Tropical da Faculdade de Medicina Baylor, escreveu no periódico científico JAMA Pediatrics que vários outros especialistas em pediatria, incluindo neurologistas e especialistas em medicina de reabilitação, "irão precisar se mobilizar rapidamente para tomar a dianteira deste trem em alta velocidade".

O surto atual de zika foi detectado primeiramente no Brasil no ano passado, e as autoridades de saúde pública estimam que a doença pode infectar até 4 milhões de pessoas nas Américas.

Quando gestantes são infectadas, o vírus pode causar microcefalia, uma má-formação cerebral, assim como uma série de outras moléstias neurológicas potencialmente graves e problemas de desenvolvimento.

O Brasil já confirmou mais de 1.500 casos de microcefalia ligados ao zika, e está estudando anomalias adicionais em fetos que podem ser resultantes do vírus.

Pesquisadores também estão acompanhando bebês aparentemente normais de mulheres infectadas durante a gravidez para saber se os problemas de desenvolvimento surgem mais tarde na infância.

"Provavelmente precisaremos educar e treinar uma nova geração de prestadores de cuidados primários, incluindo pediatras e praticantes de enfermagem pediátrica", escreveu Hotez.

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