Ciência

Imagens de telescópio confirmam teoria de colisão de galáxias

A imagem captada mostra como "o encontro de duas galáxias dá origem a novos cúmulos estelares e gera estas deslumbrantes estruturas em forma de pálpebras"

Galáxias: estrutura "em forma de pálpebra ou ocular é a que se esperava segundo a teoria, mas é a primeira vez que se capta a imagem" (M. Kaufman/ B. Saxton/ NASA/ESA/Divulgação)

Galáxias: estrutura "em forma de pálpebra ou ocular é a que se esperava segundo a teoria, mas é a primeira vez que se capta a imagem" (M. Kaufman/ B. Saxton/ NASA/ESA/Divulgação)

A

AFP

Publicado em 4 de novembro de 2016 às 21h49.

Última atualização em 4 de novembro de 2016 às 21h50.

O radiotelescópio Alma, no norte do Chile, registrou uma estrutura com forma de pálpebra gerada após um "tsunami" de estrelas que confirma a teoria sobre a colisão de galáxias, essencial para entender a origem do universo, informaram pesquisadores nesta sexta-feira em Santiago.

A galáxias que geraram a formação se encontram a 114 milhões de anos-luz da Terra, e a imagem captada mostra como "o encontro de duas galáxias dá origem a novos cúmulos estelares e gera estas deslumbrantes estruturas em forma de pálpebras", disse Bruce Elmegreen, coautor do artigo, em um comunicado divulgado pelo Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (Alma).

A morfologia que se distingue na colisão de galáxias com "uma estrutura em forma de pálpebra ou ocular é a que se esperava segundo a teoria, mas é a primeira vez que se capta a imagem" que a confirma, comentou à AFP Antonio Hales, astrônomo do Alma, quando perguntado sobre a importância da descoberta.

Para os autores do artigo, publicado nesta semana na revista The Astrophysical Journal, encontrar uma etapa tão precoce de formação de galáxias representa uma "oportunidade excepcional para estudar o que acontece quando uma galáxia esbarra em outra".

Através de suas antenas, o Alma, situado a mais de 5.000 metros de altura, explora o Universo por meio das ondas radiais emitidas por galáxias, estrelas e outros corpos, não captadas pelos telescópios ópticos e infravermelhos, que só percebem a luz visível.

O Alma é um empreendimento conjunto no qual participam a Europa, Estados Unidos e Japão em cooperação com o Chile.

Acompanhe tudo sobre:ChileEspaçoTelescópios

Mais de Ciência

Há quase 50 anos no espaço e a 15 bilhões de milhas da Terra, Voyager 1 enfrenta desafios

Projeção aponta aumento significativo de mortes por resistência a antibióticos até 2050

Novo vírus transmitido por carrapato atinge cérebro, diz revista científica

Por que a teoria de Stephen Hawking sobre buracos negros pode estar errada