Ciência

Horário de alimentação não impacta em perda de peso, diz estudo

Pesquisa preliminar aponta que não existe diferença entre comer mais de manhã ou de noite; entenda

Comida: se alimentar de manhã ou de noite pode não afetar em perda de peso (Reprodução/Divulgação)

Comida: se alimentar de manhã ou de noite pode não afetar em perda de peso (Reprodução/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 11 de novembro de 2020 às 11h35.

Comer mais de manhã e menos durante o resto do dia ajuda na perda de peso é uma frase comum de ser ouvida em grupo de amigos ou em pesquisas feitas no Google, mas, segundo um estudo preliminar sem revisão de pares publicado no jornal científico American Heart Association, isso pode não ser verdade. Os pesquisadores descobriram que restringir a alimentação para o período da manhã não teve nenhum efeito diferente do que comer mais tarde em adultos com sobrepeso.

Para chegar a essa conclusão, os cientistas analisaram 41 adultos com sobrepeso por 12 semanas. 90% dos participantes eram mulheres negras com diabetes e uma idade média de 59 anos. De todos os participantes, 21 deles seguiram uma dieta que restringia a alimentação em determinados horários e ingeria 80% de suas calorias antes das 13h.

Os outros 20 participantes comiam em horários comuns, em uma janela de 12 horas, consumindo metade de suas calorias depois das 17h durante todo o período de testes. Todos os participantes foram alimentados com as mesmas refeições pré-preparadas e saudáveis oferecidas pelo estudo. O peso e a pressão sanguínea dos 41 indivíduos foram medidos no começo do estudo, depois em quatro semanas, depois em oito e, por fim, em doze.

A descoberta foi que ambos os grupos perderam peso, apesar do horário em que as refeições maiores estavam concentradas. A pressão sanguínea também foi reduzida.

"Nós acreditávamos que o grupo com o horário mais restrito iria perder mais peso, mas não foi o que aconteceu. Não vimos diferenças entre a perda de peso entre o grupo que comia a maioria de suas calorias de manhã versus os que comiam mais tarde", explicou o autor do estudo,  Nisa M. Maruthur, da universidade americana Johns Hopkins.

O próximo passo dos pesquisadores é coletar mais detalhes sobre a pressão sanguínea no período de 24 horas para compilar a informação com os resultados dos efeitos de uma dieta com jejum intermitente no nível de açúcar do sangue, na insulina e em outros hormônios.

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