Exercícios: estudo mostra que atividade física pode ajudar a amenizar covid-19 (Freeletics/Divulgação)
Lucas Agrela
Publicado em 7 de julho de 2020 às 13h14.
Última atualização em 7 de julho de 2020 às 13h22.
Pessoas que praticam ou praticaram exercícios físicos não estão imunes ao novo coronavírus. Como é um vírus para o qual o corpo humano não possui anticorpos, ele pode causar danos sérios à saúde e levar à morte mesmo pessoas jovens e previamente saudáveis. No entanto, quem pratica exercícios físicos de intensidade moderada pode ter uma proteção adicional contra o desenvolvimento de complicações da covid-19. É o que mostra um estudo feito na Universidade de Virginia, nos Estados Unidos.
A pesquisa indica que as pessoas que fazem exercícios físicos têm uma elevação da enzima superóxido dismutase, que é produzida pelos músculos. Essa enzima está ligada com a proteção do sistema cardiorrespiratório em humanos.
Com isso, o organismo dessas pessoas pode – não é uma garantia – impedir o desenvolvimento de sintomas como falta de ar, respiração acelerada, fraqueza muscular e tosse da Síndrome da Angústia Respiratória Aguda, uma complicação da infecção pelo novo coronavírus.
"O exercício regular tem mais benefícios do que conhecemos. A proteção contra doenças respiratórias severas é um dos muitos exemplos", diz Zhen Yan, médico que liderou a pesquisa da Universidade de Virginia.
Vale notar que tudo que se sabe sobre o novo coronavírus ainda é recente. No tempo da ciência, que investiga, por exemplo, há mais de 30 anos vírus como o HIV, os sete meses que conhecemos a covid-19 ainda representam muito pouco tempo para tirar grandes conclusões a respeito da doença.
O exercício físico regular é uma prática importante para a saúde e recomendada pela Organização Mundial da Saúde por estar ligada a uma série de benefícios ao organismo humano. Caso não seja possível exercitar-se dentro de casa, caminhadas ou corridas devem ser realizadas sempre de máscara, e as aglomerações devem ser evitadas.
E sobre histórico de atleta, não há evidência de que isso ofereça algum tipo de proteção contra a covid-19 no presente.