Ciência

Hipertensão, obesidade e diabetes trazem maior risco de morte por covid-19

O novo estudo, feito nos Estados Unidos, analisou dados de mais de 5.000 pacientes infectados pelo novo coronavírus

Enfermeira durante pandemia de coronavírus em Nova York, onde as complicaões nos rins foram relatadas (Noam Galai/Getty Images)

Enfermeira durante pandemia de coronavírus em Nova York, onde as complicaões nos rins foram relatadas (Noam Galai/Getty Images)

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 25 de abril de 2020 às 05h55.

Última atualização em 25 de abril de 2020 às 05h55.

Um novo estudo feito por pesquisadores do Instituto de Pesquisa Médica Feinstein, nos Estados Unidos, indica que os pacientes que têm condições pré-existentes, como hipertensão, obesidade e diabetes são as que apresentam quadros mais severos de covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus.

Os dados eletrônicos analisados eram de 5.700 pacientes que foram internados em hospitais nos Estados Unidos com o diagnóstico de covid-19 entre os dias 1º de março e 4 de abril.

Aproximadamente uma em cada cinco pessoas com comorbidades morreu. Entre as que tiveram alta, o tempo de internação foi de quatro dias.

A maioria dos pacientes estudados era homem, com idade média de 63 anos, e tinha respiração acelerada ou precisava de oxigênio suplementar. Além disso, mais da metade das pessoas tinha quadro de hipertensão. A segunda comorbidade mais comum foi a obesidade, observada em 41% dos pacientes. A diabetes apareceu em terceiro lugar, sendo observada em 34% das pessoas consideradas no estudo.

As pessoas que tinha diabetes eram as que tinham maior probabilidade de precisar de respiradores. Elas também tinham maior risco para a necessidade de tratamento intensivo, em uma UTI, e podiam desenvolver uma doença renal.

Apesar de ter sido feito com uma amostra consideravelmente grande de pacientes, o estudo não é conclusivo e possui limitações que requerem mais investigação científica. Como a pesquisa foi feita com base em dados eletrônicos, os pesquisadores não puderam coletar detalhes sobre a evolução dos quadros clínicos dos pacientes, se limitando a analisar quem se recuperou e quem morreu.

A comunidade científica global ainda não sabe ao certo porque os homens idosos morrem mais de covid-19 do que as mulheres.

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