Ciência

Grávidas passam anticorpos contra a covid-19 a bebês após vacinação

Estudo acompanhou 131 mulheres para averiguar impacto da vacina na gravidez e amamentação

Vacinas da Pfizer e Moderna foram analisadas nos testes em mulheres grávidas (AFP/AFP)

Vacinas da Pfizer e Moderna foram analisadas nos testes em mulheres grávidas (AFP/AFP)

TL

Thiago Lavado

Publicado em 25 de março de 2021 às 13h49.

Um estudo realizado em parceria entre o Hospital Geral de Massachusetts e pesquisadores da Universidade Harvard e do MIT descobriu que vacinas com base em RNA mensageiro — como as produzidas pelos laboratórios Moderna e Pfizer — são altamente eficazes em produzir anticorpos contra a covid-19 e passar a imunidade gerada a fetos e bebês, tanto via placenta como via amamentação.

O estudo foi publicado em uma revista científica chamada American Journal of Obstetrics and Gynecology. 

O estudo levou em conta um grupo de 131 mulheres em idade reprodutiva: 84 delas grávidas, 31 lactantes e 16 não grávidas. Todas receberam vacinas de RNA mensageiro e tiveram produção de anticorpos em níveis equivalentes.

O resultado indica que efeitos colaterais das vacinas são raros e que há segurança na aplicação em diferentes grupos. A imunização decorrente da vacina também foi encontrada no cordão umbilical e amostras de leite materno, apontando para transferência de anticorpos a bebês e fetos.

"A notícia da eficácia é excelente e encorajadora para mulheres grávidas, que não estavam nos primeiros testes de vacinas contra a covid-19", disse Andrea Edlow, médica e co-autora do estudo. "Preencher as lacunas de informação com dados reais é importante, especialmente para as pacientes que estão sob grande risco de complicação".

Acompanhe tudo sobre:CoronavírusGravidezModernaPfizervacina contra coronavírusVacinas

Mais de Ciência

Cientistas criam "espaguete" 200 vezes mais fino que um fio de cabelo humano

Cientistas conseguem reverter problemas de visão usando células-tronco pela primeira vez

Meteorito sugere que existia água em Marte há 742 milhões de anos

Como esta cientista curou o próprio câncer de mama — e por que isso não deve ser repetido