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Governo prevê R$ 420 mi para hospitais-escola no Norte e NE

Pela primeira vez em últimos anos, hospitais universitários federais fecharão sem déficit,” diz presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares


	Médico: “expandir cursos em certas regiões é difícil por falta de hospitais de ensino, mas já é planejada melhora da rede”, diz presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares
 (Getty Images)

Médico: “expandir cursos em certas regiões é difícil por falta de hospitais de ensino, mas já é planejada melhora da rede”, diz presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 16 de dezembro de 2013 às 16h34.

São Paulo - O governo federal prevê R$ 420 milhões para construir hospitais-escola nos cinco estados sem unidades, todos na Região Norte, e também em Campina Grande (PB). A previsão é de que as novas unidades comecem a ser construídas em 2014.

“Num primeiro momento, expandir cursos em certas regiões é difícil por causa da falta de hospitais de ensino, mas já é planejada melhora da rede”, afirma o presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), José Rubens Rebelatto. A Ebserh é uma estatal ligada ao Ministério da Educação (MEC) para gerir os 47 hospitais universitários federais do país. 

Coordenado pela Ebserh, o Programa de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais investiu neste ano R$ 770 milhões em obras e equipamentos e reserva R$ 958 milhões para 2014. “Além disso, pela primeira vez nos últimos anos, todos os hospitais universitários federais fecharão sem déficit no caixa,” diz Rebelatto.

Contestada

Criada em 2011 para resolver falhas e centralizar a gestão dos hospitais universitários federais, a Ebserh tem histórico de polêmicas. As críticas são de que adesão à estatal, decidida pelos Conselhos Universitários, significa perda de autonomia administrativa e até privatização da saúde. Até agora, 13 universidades, responsáveis por 17 hospitais, assinaram contratos com a empresa.

Como a Ebserh tem personalidade jurídica de direito privado e patrimônio próprio, há receio de interferência de interesses particulares. “Esse formato permite que a Ebserh atue como empresa do livre-mercado, com lucros. É uma privatização, que contraria a lógica acadêmica e da saúde”, diz a professora da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) Maria Valéria Correia, que integra a Frente Nacional contra a Privatização da Saúde.

Outra queixa é de perda de controle sobre pesquisas e técnicas de ensino. "“Nosso patrimônio é da União e estamos voltados para o Sistema Único de Saúde (SUS)"”, afirma o presidente da Ebserh. De acordo com Rebelatto, a maior facilidade em contratar profissionais e comprar equipamentos estão entre as vantagens da estatal. Nos 17 hospitais conveniados, já estão autorizadas 16,5 mil novas vagas. “Se não for pela Ebserh, é preciso que os hospitais apresentem alternativas para melhorar a gestão.”

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